domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mudança de escola

Quais os cuidados que os pais precisam tomar quando o filho precisa mudar de escola?
Sempre fazer uma lista das prováveis escolas que estão perto de casa, que financeiramente estão dentro do poder aquisitivo da família e que tenha os mesmos valores a passar para a criança do que o pregado pela família. Visitar estas escolas pessoalmente e conhecendo o espaço físico da escola e proposta pedagógica verificar se seu filho se sentiria bem estudando ali. Se o que a escola propõe está dentro do que seu filho precisa para se desenvolver cognitiva e emocionalmente.

O que fazer quando o filho não gosta da nova escola?
Se seu filho der sinais como se recusar a fazer as tarefas, não comentar sobre os estudos ou pedir para não ir à aula verifique se realmente está triste e com algum problema ou se está só enfrentando a dificuldade da série nova. É comum crianças da educação infantil sofrerem quando se deparam que no primeiro ano a escola não é tão lúdica e exige esforço deles. Também quando inicia o ensino fundamental II sofrem com a transição imposta por ter mais professores, mais matérias a que se dedicarem, além de estar entrando no começo da adolescência o que faz com que os sentimentos estejam mais exagerados.
Se os pais perceberem que não é só por estas mudanças é melhor conversar com os professores e coordenador para averiguar o que está acontecendo e que mudanças poderiam ser feitas para que a criança se sinta bem. Em alguns casos uma simples conversa com a escola e com os filho pode resolver e em outros o melhor seria procurar a mudança de escola.

Como identificar problemas e como ajuda-lo a superar dificuldades de adaptação?
Adaptação pode ser entendida como a busca por um estado de harmonia. As mudanças já conhecidas que ocorrem quando a criança vai crescendo, como do berçário para a Educação Infantil, da Educação Infantil para o Fundamental I, o Fundamental II, para o Ensino Médio, etc. requerem adaptação a novos desafios, novos horários e novas matérias. Quando além de todas essas mudanças a criança precisa também se adaptar a uma nova escola, é importante a compreensão e ajuda dos pais. Caso perceba que a criança está muito tensa e perdida é hora de ajudar.
Um dos pontos que requerem atenção é o fato de não conhecerem ninguém novo na nova escola. Pais podem ajudar facilitando a integração das crianças com novos amigos, convidando colegas de sala para programas em casa ou passeios. Outro ponto é a possível diferença entre métodos didáticos, incluindo materiais pedagógicos. Os pais podem ajudar passando algum tempo mostrando os novos livros e materiais para a criança, fazendo com que todo aquele novo se torne mais familiar e menos assustados. Por último, o espaço físico da nova escola. Se possível, converse com a coordenadoria e explique a situação. Se possível agende uma visita em horário alternativo para que a criança possa visitar e se acostumar com o espaço, sabendo direito onde ficam as salas, banheiros e áreas de recreio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A criança e a fase do "não"!




À medida que as crianças crescem, elas procuram se autoafirmar e na maioria das vezes, isso significa simplesmente dizer não... para tudo. Felizmente, essa fase de recusa vai passar. Entretanto, existem algumas maneiras que você pode lidar com a recusa do seu filho para fazer as coisas, segue algumas dicas:

1- Dê opções para o seu filho quando você fizer uma pergunta. Se você não der uma resposta de sim ou não para o seu filho, vai ser muito difícil para ele dizer ‘não’. Oferecer duas opções o ajudará a se sentir como se ele estivesse no controle, portanto ele não vai se sentir tão inclinado a tentar resistir.
Por exemplo: Você pode dizer: “Você quer escovar os dentes agora ou depois de brincar por mais dois minutos?” De qualquer forma, ele vai escovar os dentes. Você pode fazer com que isso seja engraçado, como: “Você quer tomar um banho agora para ficar cheiroso ou depois e cheirar como o Cascão?".

2- Faça uma contagem regressiva se a criança resistir a tomar uma decisão. Se você dar ao seu filho uma escolha entre duas coisas, mas ele não quiser tomar a decisão, empregue a técnica da contagem regressiva. Diga a ele que você vai contar até cinco e depois ele terá de fazer uma escolha, ou você vai fazer isso por ele.
Isso nem sempre pode funcionar, mas vale a pena tentar para tornar a sua vida mais fácil.

3- Diga à criança o que você quer, não o que você não quer. Quando você usa a palavra ‘não’ o tempo todo, é mais provável que seu filho persista em se recusar a fazer as coisas. Quando ele ouve “Não, você não pode comer um doce” ou “Não, você não pode correr pela casa”, isso cria a impressão de que dizer não dá à pessoa uma voz de autoridade. Em vez disso, tente ser positivo e dizer à criança o que você quer que ela faça.
Por exemplo: Em vez de dizer “Não brinque na areia, você vai estragar a sua blusa!”, diga “Eu realmente gostaria que você ficasse dentro de casa até eu terminar para você não sujar a blusa”.
Preste atenção ao seu tom. Se não for uma emergência, mantenha a calma e use um tom de voz firme.

4- Busque por respostas alternativas. Tente expandir as respostas do seu filho para que ele perceba que existem outras respostas além de ‘não’. Quando ele estiver de bom humor, introduza-o à palavra ‘talvez’ ou ‘possivelmente’. Ensine ao seu filho o que essas palavras significam e como usá-las. Dar opções a ele será, no mínimo, uma prorrogação do som incessante do ‘não’.

5- Forneça uma base para os seus pedidos. É possível fazer o seu filho raciocinar com você nessa fase. Se você der razões diretas e curtas para os seus pedidos, o seu filho vai estar mais inclinado a ouvi-lo.
Por exemplo: Se você disser “Por favor, não coma o seu doce antes de ir dormir, senão você pode ficar com dor de barriga no meio da noite” em vez de dizer “Não coma doces agora! Você sabe que é hora de ir dormir!”. Seu filho é mais propenso a responder positivamente à primeira afirmação.

6- Tente relaxar. Além do fato de que essa fase vai acabar passando, você tem alguns truques na manga para equilibrar campo de jogo. Resolver os conflitos que possam surgir quando o seu filho disser não o tempo todo pode ser complicado e cansativo. No entanto, é uma parte normal do crescimento dele, então tente enfrentar esse estágio de recusa, mas de uma forma descontraída.
Ser muito exigente em resposta à recusa do seu filho para fazer algo pode fazê-lo se sentir impotente ou mais resistente, e pode levar a um comportamento desafiador extremo. Em vez disso, tente relaxar e não se exaltar por qualquer coisa.

Como criar filhos felizes e bem sucedidos?



Pais (e mães) têm um desejo comum: querem que os seus filhos sejam crianças felizes e querem que se transformem em adultos capazes de lutar pela sua felicidade. Depois há desejos mais específicos. Há quem ambicione que os filhos sejam alunos brilhantes e mais tarde profissionais de sucesso. Há quem queira vê-los casados e com filhos. Há quem lute para que se transformem em adultos responsáveis e com valores.

Mas como ajudar os filhos? O que é que depende, de fato, dos pais?
Afinal, sabemos que os pais não controlam tudo, que há muitos outros agentes que contribuem para a formação de uma criança. Há quem se mate de trabalhar para garantir que os filhos possam frequentar as melhores escolas e, mais tarde, as melhores universidades. Mas se é verdade que as crianças podem beneficiar (e muito) de um ensino que as estimule e que lhes permita desenvolver competências e concretizar sonhos, é fundamental que assumamos a realidade como ela é: o sucesso dos nossos filhos depende muito menos destes recursos e muito mais do vínculo que formos capazes de construir com eles. É verdade! A felicidade das nossas crianças e até o seu rendimento escolar (e mais tarde profissional) depende maioritariamente de algo que é grátis: a conexão com os pais. Não é a creche XPTO, as 123 atividades extracurriculares nem a poupança no banco que hão de garantir que os nossos filhos sejam adultos felizes e bem-sucedidos. É o tempo que formos capazes de lhes dedicar. É a capacidade de resposta às suas necessidades – físicas e emocionais. É a segurança emocional que resulta de se sentirem amados. É o toque – os gestos de afeto, os mimos, os beijos e os abraços. São os “Nãos” devidamente explicados.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015




Se a criança vive com críticas, ela aprende a condenar.
Se a criança vive com hostilidade, ela aprende a agredir.
Se a criança vive com zombarias, ela aprende a ser tímida.
Se a criança vive com humilhação, ela aprende a se sentir culpada.
Porém,
Se a criança vive com tolerância, ela aprende a ser paciente.
Se a criança vive com incentivo, ela aprende a ser confiante.
Se a criança vive com elogios, ela aprende a apreciar.
Se a criança vive com retidão, ela aprende a ser justa.
Se a criança vive com segurança, ela aprende a ter fé.
Se a criança vive com aprovação, ela aprende a gostar de si mesma.
Se a criança vive com aceitação e amizade, ela aprende a encontrar amor no mundo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Lidando com a ansiedade de separação


 
Quando ainda são bem pequenas, as crianças ficam muito ansiosas quando separadas de seus pais. Leva tempo para que elas possam compreender e confiar que aquela pessoa que amam e da qual dependem sempre volta para elas.
Com aproximadamente 3 anos a criança já se sente mais confiante para se separar dos pais e com rapidez se acostuma com a escola nova ou com o local que você o deixou para brincar sem ter você por perto.
Dicas para tornar o afastamento mais fácil:
- Deixe seu filho saber que você não o abandonará. Dê um beijo e faça carinho para acalmá-lo.
- Nunca faça rodeios ou se debulhe em lágrimas a criança vai sentir sua insegurança e irá sofrer.
- Deixe seu filho ficar com um brinquedo favorito vai ajudá-lo a se sentir mais confiante.
- Se ele reluta em se separar de você, afaste-se aos poucos; comece com 20 minutos e depois aumente gradualmente.
Assim seu filho vai crescer confiante, pois aprenderá que sua ausência é passageira, que você logo volta.

domingo, 30 de novembro de 2014

Crianças na Terapia


( Matéria com minha participação na Revista Dolce Morumbi) 



Os consultórios infantis de psicoterapia estão cada vez mais cheios. O número de pacientes abaixo dos 13 anos dobrou nos últimos dez anos e entre os menores, até 3 anos, o índice triplicou.

Conversamos com especialistas e também com escolas para saber o que está acontecendo com nossas crianças e quais os problemas que mais afetam a cabecinha dos pequenos. Será que eles realmente têm problemas a serem tratados com psicólogos, ou hoje em dia está mais fácil levar a criança a um profissional para cuidar de teimosia, malcriação e birras?
Segundo a psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood Passianotto, muitas queixas diferentes, e algumas combinadas, levam pais a buscarem ajuda profissional. As principais são: ansiedade, timidez, fobias, distúrbio do sono (sonambulismo e terror noturno), enurese e dificuldade na socialização ou aceitação de regras, além de problemas escolares como dificuldades na alfabetização. Pais de crianças menores de três anos, geralmente, buscam atendimento quando há atrasos no desenvolvimento ou síndromes congênitas que requerem intervenção precoce. “As escolas são as primeiras a notarem as mudanças de comportamento e detectar os sinais de problemas que podem comprometer o desempenho escolar e a vida social da criança, indicando assim um tratamento psicológico”. Mas, como será que as escolas identificam e diferenciam birras e falta de educação e respeito, de problemas psicológicos? A coordenadora do núcleo de orientação educacional da rede Pentágono, Adriana Costa, diz que para fazer um encaminhamento coerente com os princípios da escola, é levada em conta a faixa etária, o histórico escolar e familiar, as observações dos professores, do coordenador e do orientador educacional. “Quando o aluno apresenta questões emocionais mais preocupantes, como grande tristeza, choro constante, mau humor recorrente, conversamos com os pais para que encaminhem seus filhos à terapia psicológica”, explica Adriana. No Colégio Antoine de Saint-Exupéry, os pais são chamados para reuniões com professores e coordenadores, que indicam avaliação com um profissional quando observam alunos com dificuldades acentuadas no processo de aprendizagem. “Falamos com os pais para que possam obter um diagnóstico sobre as reais dificuldades ou necessidades do aluno e assim possamos trabalhar em parceria com a família para atingir melhor desempenho escolar”, diz Christiane Zolin Fraga, pedagoga e psicóloga da instituição.
A atitude dos profissionais do Colégio Anglo é esgotar todas as possibilidades de resolver as dificuldades dentro da escola, através do atendimento individualizado com a orientação educacional, de conversas entre a coordenação e os pais utilizando recursos como plantão de dúvidas, aulas especiais, monitoramento e reuniões individuais ou em grupo para tratar de assuntos relacionados ao comportamento e comprometimento do aluno. “Quando o rendimento é baixo e tanto a família quanto a escola já exauriram todas as ferramentas possíveis para ajudar o aluno e o problema persiste, a melhor opção é procurar um especialista”, explica a diretora pedagógica Priscila Garcia Gengo.

Hiperatividade ou agitação normal?
Muitas vezes ouvimos reclamação dos pais de que o filho não para um minuto, que sobe nas coisas, que não obedece e que é incansável. É preciso saber até que ponto essas atitudes são normais da idade e quando a luzinha de alerta deve ser acesa. Para a psicopedagoga Cynthia Wood, a atenção deve redobrar quando todas as tentativas dos pais e educadores de disciplinar a criança, impondo regras e limites bem definidos, falham.
Mas, será que por causa da correria dos pais, a trabalhosa missão de educar não está sendo transferida para profissionais? Para o psiquiatra Walker Cunha, não há nenhuma transferência do problema e quando acontece, o especialista capacita pai e filhos para eliminar os conflitos de gerações. “Essa turminha de agora tem os pais como referenciais de amigos e não mais de autoridade como antigamente”, explica o médico. Talvez seja por isso que muitos pais não consigam controlar os filhos, mesmo quando eles são ainda muito pequenos, com dois ou três anos. “A mãe está triste e, por considerar o filho um amigo, desabafa com ele. É quebrada ali a relação de pai e filho como antigamente e eles passam a estar no mesmo grau de hierarquia. Os pais perdem a autoridade de outras épocas e os filhos acabam ficando sem limites”, justifica Dr.Walker. E é nesse momento que o especialista faz toda a diferença: “ele pode reorientar a família e ensinar como lidar com o comportamento birrento da criança”, finaliza e alerta que se não obedecer aos pais, tenderá a não obedecer a mais ninguém.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A agressão é muitas vezes o efeito negativo do medo.


As crianças são muitas vezes agressivas quando estão assustadas ou se sentem ameaçadas, seja porque alguém lhes chamou a atenção, ou porque não podem fazer o que lhes pedem, ou porque estão de fato tiranizadas por outros, crianças ou adultos.
Atuam muito rapidamente a partir dos seus sentimentos e precisam de um adulto que lhes ensine um modo de pensar antes de agir.