domingo, 26 de maio de 2013

Filhos responsáveis: Como atuar?



 Seu filho não nasce responsável ou irresponsável. O sentido da responsabilidade não se transmite geneticamente, mas se aprende com a experiência. A ação dos pais é básica e a vida em família constitui a principal escola.
A RESPONSABILIDADE SE APRENDE NA VIDA FAMILIAR
Um erro muito frequente de muitos pais é pretender prolongar além do devido à infância das crianças impedindo-lhes na prática que assumam responsabilidades.
A melhor idade para estabelecer o sentido da responsabilidade é entre os sete e os onze anos. Neste momento se vivem Períodos Sensitivos que facilitam o cumprir com o dever assumido ou escolhido:
  • ·         O amor à justiça.
  • ·         A disposição de ajudar.
  • ·         O desejo de ficar bem.
  • ·         A superação.

O que a criança adquire nesta idade sobre o sentido da responsabilidade é essencial já que o preparará para enfrentar as crises que acontecem na puberdade e adolescência.
Certamente, pode começar muito antes. Tenha em conta que uma criança a qual lhe permite fazer de tudo não é mais feliz que aquela a qual se lhe exige com amor.

NUNCA É MUITO CEDO PARA EDUCAR NA RESPONSABILIDADE
  Para que uma criança aprenda a ser responsável, os pais devem:
1.       DESTACAR-LHE RESPONSABILIDADES: Se os pais fazem tudo pela criança e tomam todas as decisões, a criança nunca aprenderá a ser responsável.
2.       COMEÇAR MUITO CEDO: Durante a infância. A seguir, na puberdade, a delegação de responsabilidades irá aumentando.
3.       INFORMAR-LHE SOBRE A EFICÁCIA DE SUAS RESPOSTAS: A criança deve saber como se está desenvolvendo e há de aprender com seus erros.
4.       DAR-LHES APROVAÇÃO E RECONHECIMENTO: Quando atuam de forma responsável. Isto lhes infundirá confiança e segurança em si próprios.

            Os encargos ou responsabilidades familiares:
É comum que em muitos lares os pais, e com frequência apenas a mãe, carreguem sobre seus ombros todos os trabalhos:

  • ·         As tarefas domésticas.
  • ·         A sustentação do lar.
  • ·         O cuidado da roupa de cada um.
  • ·         As gestões relacionadas com seus estudos: matrículas, uniformes, livros...

Entretanto, os pequenos encargos ou responsabilidades constituem uma forma maravilhosa de educar a responsabilidade. Além disso, contribuem para que todo o trabalho não recaia sempre nas mesmas pessoas. Ter um encargo concreto aos 4 ou 5 anos torna possível que aos 15 ou 16 anos seja lógico o colaborar no lar. Pelo contrário, se esperar que seu filho fique maior para exigir-lhe responsabilidade, isso vai ser difícil.

OS FILHOS DEVEM COLABORAR NO BOM ANDAMENTO DO LAR
 Do mesmo modo que desde muito pequeno acostumamos nossos filhos a que comam e se vistam sozinhos, devemos acostumar-lhe a ir fazendo por si próprio o que, razoavelmente, e de acordo com sua idade, são capazes de fazer.
Nunca é muito cedo para ensinar ao filho a ser responsável. Nos primeiros anos de vida pode fazê-lo como um jogo. Enquanto seu bebê começa a engatinhar pode estimular–lhe para que recolha seus jogos. 

Desde que seu filho tem 2 ou 3 anos pode assumir pequenas  responsabilidades:
1.       Ajudar colocar a mesa.
2.       Alimentar o bichinho de estimação.
3.       Regar as plantas.
4.       Ajudar mamãe a fazer as camas.
5.       Preparar sua roupa para o dia seguinte.
6.       Apagar as luzes.
7.       Recolher seus objetos pessoais.

Entre os 5 - 7 anos pode assumir responsabilidades maiores como, por exemplo:
1.       Atender ao telefone.
2.       Tomar banho e vestir-se sozinho.
3.       Cuidar de algum animal.
4.       Tirar o lixo.
5.       Limpar sistematicamente o banheiro, o lavabo...
6.       Comprar diariamente produtos como: o pão, o leite...
7.       Varrer o chão.
8.       Passar o aspirador.
9.       Limpar seus sapatos...

Pouco a pouco, a criança terá que ir aprendendo. Deverá aprender que na vida, há coisas desagradáveis ou aborrecedoras e que não há mais remédio que aceitar se se quer crescer. Se a criança observa que seus pais e irmãos maiores realizam estas tarefas de forma regular compreenderá que há certas tarefas necessárias que deve fazer.
Para que um encargo desenvolva a responsabilidade, a criança deve ser consciente de que tem que responder ante alguém pelos trabalhos realizados. Os pais deverão, portanto, avaliar periodicamente seu cumprimento. É importante que seu filho entenda bem em que consiste seu encargo, para que possa cumpri-lo. Além disso, deve entender o propósito da tarefa: isto é, por que é importante que o faça.
Na hora de distribuir os encargos convém respeitar as iniciativas de seu filho:
Bem no que diz respeito ao encargo escolhido, ou melhor quanto à forma de cumpri-lo. Se se pode escolher livremente estará exercitando sua responsabilidade. Deve-se procurar que cada filho tenha o encargo que possa cumprir bem. Desta forma poderão experimentar a satisfação do trabalho bem feito e verá reforçado seu próprio sentimento de autoestima. Para isso é importante que os pais recompensem periodicamente o comportamento responsável, já que é difícil que seu filho aumente sua capacidade para ser responsável se não consegue nenhuma recompensa ou elogio por seu comportamento. Pelo contrário se continuamente se lhe critica, ridiculariza ou tacha de irresponsável, seu filho acabará acreditando que o é e comportando-se como tal.

ELOGIE SEU FILHO QUANDO SE COMPORTA DE FORMA RESPONSÁVEL
À medida que vão crescendo, os pais deverão procurar que a motivação para cumprir com suas responsabilidades provenha deles mesmos. Para isso deveremos conversar muito com os filhos e fomentar sua capacidade de reflexão. Devemos ajudar-lhes a considerar as coisas e argumentar examinando as razões ou motivos que aconselham atuar de um modo ou outro; a prever as consequências de suas decisões livre e a atuar em consequência disso.

Entre os 7 e os 11 anos estão em pleno período sensitivo da responsabilidade. Podemos estimular sua responsabilidade, das seguintes formas:
   - Mediante os encargos ou responsabilidades familiares.
    -Ensinando-lhe a tomar decisões.
Acostumando-o a:
1.       Prestar contas de seus afazeres.
2.       Prestar contas do dinheiro que utiliza.
3.       Realizar bem seus trabalhos sem interrupções.
4.       Terminar as atividades que começa.
5.       Valorizar a qualidade do trabalho realizado.
6.       Usar responsavelmente seu material e cuidá-lo.
7.       Aceitar a responsabilidade de suas faltas.
Fonte: Livro “Como resolver situações cotidianas de seus filhos de 6 a 12 anos”.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Como ajudar seu filho a superar a timidez


Passo 1:

Defina um bom exemplo. O primeiro passo para ajudar seu filho tímido a superar sua timidez é dar um bom exemplo. Isso é feito por suas respostas às diferentes situações sociais.

•    Seja o primeiro a dizer "oi" e a começar conversas. Fale com estranhos. Cumprimente pessoas na loja ou enquanto faz outras coisas.

•    Dê muitos elogios.

•    Ajude aqueles em necessidade.

•    Aperte as mãos e faça apresentações.

•    Nunca evite situações sociais. Se você é você mesmo tímido, agora é a hora de trabalhar para acabar com isso. Trabalhar no sentido de ir em frente e conversar com as pessoas que você conhece, bem como com estranhos.

Passo 2:

Prepare seu filho para as coisas. Converse com seu filho sobre os eventos que estão chegando. Deixe que ele saiba o que esperar em seu caminho para o consultório médico, a loja, ou outro local. Para altos eventos sociais, dê a eles alguns dias de aviso prévio. Deixe-os fazer perguntas e expressar as suas preocupações.

Passo 3:

Trabalhe no pensamento positivo. Muitas pessoas tímidas são pessimistas por natureza. Grande parte da sua timidez vem de pensamentos negativos, tais como, "Eles nunca gostam de mim." ou "Não importa o que eu disser, eles nunca vão me ouvir." Com isso em mente, trabalhe no sentido de contribuir para o seu filho se tornar um pensador positivo.

•    Dê ao seu filho muito incentivo positivo.

•    Deixe o seu filho saber o quanto você gosta dele.

•    Aponte pontos positivos do seu filho ou as vezes que ele fez algo com sucesso.

•    Se seu filho tiver idade suficiente, então, fale com ele sobre o pensamento negativo e ensine-o a combater todos os pensamentos negativos pensando nisso. Pensamentos negativos geralmente vêm com um "nunca" ou "sempre". Eles têm que prestar atenção e ver que "Às vezes as pessoas fazem como eu." ou "Tem gente que ouve quando eu falo". Ensinar seu filho a combater pensamentos negativos vai ajudá-lo a pensar mais positivo e ter uma melhor autoestima.

Passo 4:

Fale com o seu filho. Converse com seu filho sobre seus medos. Escute a razão pela qual eles são tímidos e como eles se sentem nas situações que os deixam nervoso ou ansioso. Muitas vezes, falar pode ajudar muito.

Passo 5:

Converse com o professor dele.  Muitas vezes as crianças tímidas ficam para trás na escola, porque elas são muito quietas. No entanto, um professor tem o poder de mudar isso e ajudar a tirar a timidez das crianças. Se eles souberem da situação no início do ano letivo, pode ajudar muito.

Também pode ser útil introduzir o seu filho ao seu professor antes de começar o ano letivo. Comece mostrando-lhe sua nova sala de aula ou o layout de um novo prédio. Trazer um amigo também pode ser útil.

Passo 6:

Prática. Você pode praticar diferentes situações sociais em casa com seu filho. Pode ser o primeiro dia de aula, conhecer novas pessoas, se esforçar em fazer novos amigos, e outras situações. Você pode alternar “papéis” com ele para obter ideias diferentes de como se comportar e como chegar nos outros. Isto pode se tornar um ótimo jogo de se jogar.

Passo 7:

Entre em mais situações. Esportes e atividades extracurriculares que interessam ao seu filho são a maneira perfeita de ajudar seu filho a fazer amizades com pessoas que têm interesses semelhantes. Será mais fácil para o seu filho fazer amigos nessas situações.

Incentive amizades entre as pessoas que são positivas e encorajadoras para o seu filho. Convide-as para brincar e dormir na sua casa. Por outro lado, não incentive relacionamentos com crianças que estão sendo dominantes, más, ou humilhantes para o seu filho.

Passo 8:

Não faça as coisas para seu filho. Como pai de uma criança tímida, é fácil responder a perguntas, conversar, e tentar fazer outras coisas para seu filho em situações sociais. Isso não ajudará realmente seu filho e apesar de ser difícil de evitar, deve ser evitado.

Passo 9:

Desafie o seu filho sem ser muito rígido. Se você for muito duro ou fazer muito alarde sobre ser tímido, o seu filho terá dificuldades. Esse limite é diferente para cada criança. Uma forma de saber o quanto você está empurrando e como seu filho está respondendo ao isso, é manter as linhas de comunicação abertas. Aqui estão algumas formas divertidas para desafiar o seu filho a ser mais extrovertido.

•    Deixe dez moedas de 1 real no bolso esquerdo do seu filho. A cada vez que se disser, "Olá, como vai?" eles move uma moeda para o seu bolso direito. Se no final do dia ele tiver todas as dez moedas no bolso direito, ele recebe uma recompensa.

•    Faça um jogo de cumprimentar estranhos em uma loja, enviar recados, ou no elevador. Cada membro da família recebe um ponto por cada saudação. No final você pode fazer um grande alarde sobre o membro da família com mais pontos.

•    Outra variação é ganhar um ponto para cada nova pessoa que você apertar as mãos. Isto funciona melhor em situações onde é fácil encontrar pessoas. Faça isso na escola, em casamentos, e outros encontros sociais.

•    O voluntariado é também uma ótima maneira de conhecer novas pessoas. Esta pode ser uma maneira divertida de trabalhar para ficar mais extrovertido, ao mesmo tempo em que ajuda os outros.

Passo 10:

Saber quando procurar ajuda. Normalmente, a timidez é apenas parte de um comportamento da pessoa e não quem ela é. Eles são naturalmente tímidos e lutam para ficar confortáveis em situações sociais. No entanto, existem alguns momentos em que a timidez é na verdade uma parte de algo maior. As crianças que lutam com esses problemas muitas vezes precisam de ajuda profissional.