terça-feira, 29 de maio de 2012

Autonomia

Estava escrevendo sobre filhos e autonomia e achei esta postagem de Johanna Melo Franco , lembrei de muitos casos no consultório de que pais por acharem que seus filhos tinham alguma deficiência ou transtorno não eram capazes de fazer certas atividades e consequentemente faziam por eles. Em outras vezes impediam a mesma criança de desenvolver alguma atividade em público já que acreditavam que a mesma não ganharia uma competição. Sem pensar que o importante é desenvolver as habilidades e não chegar em primeiro lugar. O importante é a criança estar feliz e receber elogios por suas conquistas.




 



Dar autonomia ao filho também faz parte da educação.

Pais protegem os filhos por instinto.

Quando têm em casa uma criança especial, o risco de exagerar na dose é ainda maior. Por desconhecimento da deficiência ou por medo de rejeição, acabam impedindo o filho de realizar diversas atividades que ele seria perfeitamente capaz de executar sozinho.

Com a melhor das intenções – deixar a criança em segurança –, os pais acabam caindo em uma armadilha. O cuidado exacerbado atrasa e outras vezes até talha a possibilidade do desenvolvimento físico e emocional da criança. Ela pode até criar uma independência desnecessária, porque não vive a vida real.

Ter deficiência não significa ser incapaz. Cada um tem suas potencialidades. Cabe aos responsáveis reconhecê-las e trabalhá-las.

O melhor caminho para evitar a superproteção que isola a criança especial é a informação: saber das necessidades da criança e ajudar a superá-las, acreditando na sua capacidade.

Ser autônomo significa saber cuidar de si.Ou seja,capaz de se virar sozinho com suas potencialidades.

O importante é ter este objetivo desde que a criança é pequena, e ir preparando-a, dando-lhe os instrumentos para que se torne independente. E o primeiro passo é acreditar que a autonomia é possível e necessária, principalmente para a auto-estima de seu filho.


Não se esqueça! Educar é também dar condição de AUTONOMIA.

Filhos com autonomia

Com a diversidade de modelos e teorias a única certeza que temos sobre educação é que educar um filho não tem receita! A educação hoje possui mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas e isso faz com que nossa geração de pais esteja insegura.
Acredito que refletir sobre o assunto traz certa luz para os que estão angustiados com o assunto, e é esse o meu objetivo aqui!
Educação hoje virou assunto corriqueiro nos consultórios de psicologia.
Algumas dúvidas mais freqüentes de pais nos consultórios de psicoterapia são: Como não superproteger meu filho? Como posso dar liberdade ao meu filho se o mundo está tão violento? Como posso estabelecer limites? Como desenvolver a autonomia do meu filho? Como posso desenvolver a responsabilidade com ele?
Na maioria das vezes emergem questões sobre liberdade (versus independência), responsabilidade (que é a capacidade de comprometer-se), limites e autonomia.
Bom, primeiramente todas essas questões estão ligadas e se complementam. Porém, acredito que responsabilidade, limite e liberdade estão inseridos no conceito de autonomia. Não há autonomia sem liberdade e responsabilidade! Por isso vou começar por aí.
O conceito de autonomia é extremamente abrangente, porém, filosoficamente consiste na qualidade de um indivíduo de tomar suas próprias decisões ou na capacidade de estabelecer relações numa via de mão dupla, implicando iniciativa, responsabilidade e decisão. Sendo assim, podemos dizer que autonomia é a capacidade do indivíduo de caminhar com as próprias pernas, pensar por si, decidir, escolher conscientemente, superar seus obstáculos, enfrentar as conseqüências dos próprios atos – os famosos erros e acertos.
Hoje nós - pais - sabemos que desenvolver a autonomia é extremamente importante para os nossos filhos. Virou o assunto da moda, foco da mídia! Mas realmente sabemos o que significa autonomia? Refletimos sobre o assunto? Estamos realmente educando nossos filhos para que sejam autônomos? Sabemos qual a importância da autonomia na vida dos nossos filhos?
Vejo que o que acontece com os pais hoje é que o desenvolvimento da autonomia fica somente na teoria e, na hora da prática, muitos não sabem como agir. Acredito que a maioria dos pais de adolescentes tem muita dificuldade em deixar os filhos crescerem. Os pais cuidadosos de hoje tem muito medo de "soltar os filhos nesse mundão aí a fora", mesmo sabendo que por fim tem que fazê-lo. Nós pais, infelizmente, não podemos assumir a responsabilidade escolar, ou a escolha de amigos e muito menos os planos futuros dos nossos filhos. Não podemos vigiar ou seguir nossos filhos por toda parte ou em todas as horas do dia! Essa é a mais pura verdade! Por isso, a única coisa que podemos fazer é (re-)afirmar nossas posições, ações e opiniões sobre os assuntos relacionados à vida e arte do viver e lhes oferecer amor, carinho, apoio e limites.
Lembre-se que desenvolver a autonomia nos filhos é trabalhar a capacidade – dele e sua – de estabelecer relações numa via de mão dupla, implicando delegação de iniciativa, de responsabilidade, de decisão e de possibilidade de falar por si, bancando acertos e erros.
Será que estamos dando espaço e orientações adequadas para que nossos filhos se desenvolvam enquanto seres autônomos?
Se sua resposta for não, ou se for talvez, pode ter certeza que seu filho corre o risco de se tornar um adulto dependente, inseguro, ansioso, nervoso, com baixa auto-estima, etc.
Aí vai um clichê que não tenho como deixar de mencionar: você pode estar superprotegendo seu filho e, a conseqüência pode trazer mais malefícios do que benefícios!
Bom, e o que fazer para não superproteger? Ainda dá tempo de reverter a situação?
Quanto antes melhor! Primeiramente ressalto: não faça por seu filho o que ele já tem capacidade de fazer! E isso vale para todas as idades e em todas situações!
Quando você faz algo que seu filho tem capacidade de fazer a mensagem que você está enviando para ele é: Você não é capaz de agir sozinho! E isso é muito sério, pois a mensagem vem de alguém muito importante para sua vida!
Não tire o direito do seu filho de cometer os próprios erros. Nos intrometer quando “achamos” que nossos filhos não dão conta ou que vão falhar é simplesmente roubar delas uma oportunidade única de grande importância: os erros são experiências com as quais aprendemos! São laboratórios na nossa vida!
Se ficarmos tentando poupá-los dos fracassos estamos afirmando a eles que não acreditamos que sejam fortes o bastante para lidar com os obstáculos.
Quando nossas crianças e adolescentes conseguem encarar os erros como parte do aprendizado, a auto-estima, autoconfiança, amor-próprio, segurança aumentam e suas potencialidades se expandem!
Por isso, a cada nova etapa da vida do seu filho, a cada nova empreitada que seu filho ousa fazer, ou questionar, a cada passo de liberdade que seu filho quer dar, você deve se perguntar: Será que é meu filho ou eu que não estou preparada para lidar com esse passo?
Seja bastante sincera com você mesma ao refletir sobre essa questão!
Mas como oferecer liberdade sem exagero? Quais os limites que devemos colocar nesta tão falada liberdade?
Introduzindo as noções de responsabilidade e respeito. Quando falamos em liberdade, falamos em respeito ao outro e em respeito a si mesmo.
Uma estratégia interessante e eficaz de se fazer é a cada liberdade dada ao seu filho exigir uma responsabilidade, e, estar sempre por perto para orientar no início de cada passo.
A liberdade deve ser gradual, dada em passos pequenos.
Cabe a você – pai e mãe – gerenciar esses passos, tentando não ser autoritário ou ser permissivo. Pois tanto o autoritarismo quanto o permissível sufoca, um por escassez outro por excesso!
Isso nós até compreendemos, e sei que você deve estar pensando que é muito fácil falar sobre o assunto! Tudo isso fica extremante bonito e fácil na teoria. Mas por que é tão difícil na hora da prática? Porque essa questão no dia-a-dia se torna tão complexa?
Na verdade, desenvolver autonomia em nossos filhos é um processo puramente emocional e, portanto, falar de teoria neste momento não ajuda muito, pois muitos pais inevitavelmente estarão tendo que lidar com suas próprias questões inacabadas e problemas relacionados a essa questão.
Por isso educar é uma tarefa tão difícil: para educar temos que nos re-educar! Temos que re-criar nossa própria educação. Temos que lidar com questões mal-resolvidas da nossa própria educação!
Educar é extrair o que há de melhor no seu filho em corpo, mente e espírito! Educar é preparar para a vida, para o mundo lá fora!
Vamos desde já começar a soltar um pouco mais nossas crianças e adolescentes e enxergar nossos filhos como um ser humano separado de nós, independente e que possui os próprios direitos!

Esquizofrenia

A Esquizofrenia é classificada como um transtorno psicótico, de evolução crônica e com um início típico durante a adolescência e início da idade adulta. Os custos pessoais e sociais da esquizofrenia são extremamente elevados, sendo fundamental a intervenção precoce, que oferece benefícios substanciais para os pacientes, seus familiares e a comunidade em geral.
Os aspectos essenciais da Esquizofrenia são um misto de sinais e sintomas característicos em que pelo menos 2 deles estiveram presentes por um período de tempo significativo durante 1 mês, com alguns sinais do transtorno persistindo por pelo menos 6 meses. Esses sinais e sintomas estão associados a um acentuado prejuízo social ou ocupacional.
Os sintomas característicos enquadram-se em duas amplas categorias – positivos e negativos: os positivos parecem refletir um excesso ou distorção de funções normais, como exageros do pensamento (delírios), da percepção (alucinações), da linguagem e comunicação (discurso desorganizado) e do comportamento (comportamento amplamente desorganizado ou catatônico). Os negativos parecem refletir uma diminuição ou perda de funções normais e abrangem o embotamento afetivo, alogia ou avolição.
- Delírios: são crenças errôneas, habitualmente envolvendo a interpretação falsa de percepções ou experiências. Seu conteúdo pode incluir uma variedade de temas (de perseguição, de referência, somáticos, religiosos ou grandiosos). Os delírios de perseguição são os mais comuns; neles a pessoa acredita estar sendo atormentada, seguida, enganada, espionada ou ridicularizada.
- Alucinações: são percepções de um objeto sem que este esteja presente; podem ser auditivas, visuais, olfativas, gustativas e táteis, mas as alucinações auditivas são, de longe, as mais comuns e características da Esquizofrenia, sendo geralmente experimentadas como vozes conhecidas ou estranhas, que são percebidas como distintas dos pensamentos da própria pessoa.
- Discurso desorganizado: a pessoa salta de um assunto para outro; as respostas não fazem sentido ou não ter relação alguma com as perguntas.
- Comportamento amplamente desorganizado ou catatônico: um comportamento desorganizado pode manifestar-se indo desde o comportamento tolo e infantil até a agitação imprevisível, acarretando dificuldades no desempenho de atividades da vida diária, tais como organizar as refeições ou manter a higiene. A pessoa pode parecer mostrar-se acentuadamente desleixada, vestir-se de modo incomum (usar casacos sobrepostos em um dia quente), pode exibir um comportamento sexual nitidamente inadequado (masturbar-se em público) ou uma agitação imprevisível (gritar ou praguejar).
Os comportamentos motores catatônicos incluem uma diminuição acentuada na reação ao ambiente, às vezes alcançando um grau extremo de completa falta de consciência, manutenção de uma postura rígida e resistência aos esforços de mobilização, resistência ativa a instruções, adoção de posturas inadequadas, ou excessiva atividade motora sem propósito e não estimulada.
- Embotamento afetivo: diminuição na habilidade de expressar-se emocionalmente.
- Alogia: significa pobreza do discurso e é manifestada por respostas breves, lacônicas e vazias. A alogia deve ser diferenciada da recusa a falar.
- Avolição: caracteriza-se por incapacidade de iniciar e persistir em atividades dirigidas a um objetivo. A pessoa pode ficar sentada por longos períodos de tempo e demonstrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais.
As causas para a Esquizofrenia encontram-se em fatores genéticos; desta forma, os parentes biológicos de indivíduos com esquizofrenia têm um risco maior de desenvolver o transtorno e distúrbios relacionados. Como a doença compromete a vida do portador, torna-o frágil diante de situações estressantes e aumenta o risco de suicídio, é fundamental um acompanhamento a longo prazo.
O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar – psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e instituições – a assistência da família e tem por objetivo principal a prevenção de recaídas, recuperação das habilidades sociais perdidas, diminuição do isolamento, incentivo a cuidar das atividades da vida diária (higiene, banho, alimentação, horas de sono, lazer), diminuição do estresse familiar e até promover a volta a escola. É importante não interromper a medicação, pois cada recaída comprometerá a vida do paciente um pouco mais. As estratégias do tratamento variam conforme o paciente, sua família, a fase e a gravidade da doença.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sonambulismo

O sonambulismo infantil faz parte dos fenômenos que ocorrem durante o sono da criança e que o afetam mesmo sem o interromper.
Na obra: O Livro da Criança, o pediatra Mário Cordeiro define-o como: "semi-acordar e andar".
De acordo com o especialista esse estado pode corresponder a fases de transição de ritmo de sono e  sonhos.
Geralmente, e apesar de variar de pessoa para pessoa, as manifestações de sonambulismo ocorrem cerca de duas horas após o início do sono.

Estratégias de prevenção

Segundo a American Academy of Pediatrics, o sonambulismo infantil afeta sobretudo rapazes e, num reduzido número de crianças, os episódios ocorrem várias vezes por semana. As crianças com antecedentes familiares de distúrbios do sono também correm maior risco de sofrer de sonambulismo.

O cansaço e o stress são outros fatores que podem afetar o padrão de sono infantil, sendo que educar a criança para ter um ritmo de vida equilibrado pode beneficiar a prevenção deste problema. Definir um horário regular de sono é, sem dúvida, uma das estratégias a adotar.

Como se manifesta

O sonambulismo caracteriza-se, geralmente, por movimentos na cama, falar durante a noite, deambulação. Os olhos podem estar abertos, mas com um olhar vazio. Além disso, há possibilidade de a criança realizar outras atividades, como tentar abrir uma porta.

Os episódios de sonambulismo duram cerca de cinco a 20 minutos e não é aconselhável acordar a criança. Na manhã seguinte, ela não se recordará do sucedido.

Os cuidados que deve ter


O sonambulismo não é isento de riscos e, por essa razão, devem ser tomadas algumas medidas essenciais para prevenir acidentes:
  • Ter uma luz de presença nos corredores.
  • Se a criança dormir num beliche, deverá ocupar sempre a cama de baixo.
  • Arrumar o quarto de forma a evitar que a criança tropece ou se machuque.
  • Proteger as escadas e fechar janelas e portas à chave.
  • Reencaminhar a criança para a cama, orientando o seu percurso, sem falar ou dizendo o mínimo possível, de forma a que não se assuste ou acorde.

Quando recorrer a ajuda médica

À medida que a criança cresce, com o desenvolvimento do sistema nervoso, normalmente os episódios de sonambulismo tendem a desaparecer por volta dos 7 anos. Caso se tornem recorrentes, o melhor será procurar ajuda especializada.
 Se piorar ou estiver causando grande stress familiar, é importante consultar um médico especializado em distúrbio de sono e  psicólogo.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mais um pouco sobre Encoprese Infantil

O que é Encoprese Infantil?
Também conhecida como incontinência fecal ou escape fecal, encoprese é o vazamento involuntário das fezes na roupa íntima sem que a criança perceba. Geralmente ocorre em local socialmente inadequado. O diagnostico ocorre após a idade do treino ao toalete (geralmente com mais de 4 anos). Comumente a encoprese é associada à constipação crônica, ou seja, uma vez a criança se torna constipado, torna-se alvo fácil para adquirir encoprese. É importante ressaltar que há a encoprese não orgânica, adquirida após um período estressor, um trauma. Embora encoprese ocorra igualmente em meninos e meninas em idade escolar, é importante ressaltar que é três a seis vezes mais comum em meninos.
Encoprese não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ter diferentes causas. Para entender encoprese, é importante também entender a constipação.



O que é constipação?Constipação é um problema muito comum entre as crianças. Uma criança é considerada constipada quando ela tem menos de três evacuações por semana, além da dificuldade em ter o movimento de entranhas, ou quando as fezes são duras, secas e invulgarmente grande. Quando a criança experiência pela primeira vez a dolorosa fezes dura, ela em seguida, realizar movimentos com seus esfíncteres (válvula muscular que controla a passagem de fezes para fora do ânus) para impedir sentir a dor novamente. Isso cria um ciclo que faz a constipação continuar e tornar-se pior, que por sua vez, ocorre uma grande impactação fecal.

E como começa a Encoprese?Quando ocorre a impactação da grande massa de fezes, inicia o vazamento ao redor, sem a criança perceber ou ser capaz de mantê-lo dentro, pois os nervos não estão mais enviando os sinais que regulam a defecação.

Para ocorrer essa impactação, é necessário entendermos melhor porque ocorre o primeiro cocô duro? O que será que aconteceu?
Há diversas formas de responder esta questão como dietas inadequadas, doenças, estilo de vida, diminuição da ingestão de líquido, medo do vaso sanitário durante o ensino do toalete, retirada da fralda precoce, acesso limitado ao banheiro, eventos estressantes da vida, transtorno desafiador opositor. Seja qual for a causa, uma vez que a criança começa a segurar o cocô, este se acumula no cólon e começa um ciclo vicioso. Há casos em que a encoprese não ocorre em decorrência da constipação, é necessário um medo extremo, um trauma que desencadeia a encoprese.

O que é importante saber em relação a Encoprese?É importante lembrar que o vazamento de fezes ocorre de forma involuntária, a criança não controla os acidentes que normalmente acontecem. Muitas pessoas acreditam erroneamente que é uma questão de comportamento como uma simples falta de autocontrole. Familiares acabam punindo a criança de diferentes formas como meio de conter esta birra.

Qual a conseqüência da Encoprese nas crianças?Há efeitos significativos no desenvolvimento da criança encoprética, por seus efeitos negativos sobre a convivência dela com outras crianças e com a própria família. Muitas crianças acabam sentindo-se envergonhadas perante os outros e consequentemente elas se isolam, ficam irritados com facilidade e ocorre a baixa auto estima. As idas a escola são humilhantes e as atividades extras vão se restringindo cada vez mais. A intervenção de um psicólogo é necessário pois toda a situação de um encoprético causa problemas emocionais ou comportamentais.
Os pais muitas vezes são frustrados pelo fato de que seu filho parece não se incomodar com estes acidentes, que ocorrem durante as horas de vigília ou em momentos de estresse. A negação pode ser uma razão para a indiferença da criança pois elas simplesmente não conseguem enfrentar a vergonha e a culpa associada com a condição (alguns até tentam esconder as suas cuecas sujas de seus pais). Outra razão pode ser mais científica: Porque o cérebro finalmente se acostuma com o cheiro de fezes, a criança pode não notar o odor.


O que é importante no tratamento da encoprese?
A palavra chave é Paciência. O sucesso do tratamento de encoprese depende do apoio que criança recebe. Os pais devem ser solidários e se abster de críticas ou desânimo. Mostrar lotes de amor, apoio e garantir a seu filho que ele não é o único no mundo com este problema. Com o tempo, compreensão e um tratamento adequado, o seu filho pode superar encoprese.


Texto de Simone Barbosa Pasquini retirado do blog:
http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com.br/2010/08/encoprese.html

Enurese

O que é enurese?
É a falta de controle da micção em idade que em que isto já deveria ter ocorrido. Considera-se que a menina controla seu esfíncter vesical aos 5 anos e o menino aos 6 anos. A partir destas idades a perda involuntária de urina é anormal, ocorrendo mais de duas ou três vezes em um mês. Como a perda em geral é à noite, chama-se enurese noturna. Pode ocorrer enurese diurna. A enurese é chamada de primária quando jamais foi obtido o controle urinário, e secundária quando já houve por, no mínimo, meio ano e foi perdido posteriormente.

Será freqüente este problema?
Calcula-se que episódios de enurese noturna ocorram uma ou mais vezes por semana nas seguintes freqüências: aos 5 anos, em 15% das crianças; aos 10 anos, em 3% das crianças, e em 1% dos adultos (20 anos ou mais). A incidência é maior entre os homens na proporção de 2:1.
Qual a Evolução do Problema?
A diminuição é gradual. De 5 a 10% dos casdos permanecem enuréticos quando adultos 5 a 10 % dos casos.

Quais as explicações para o Problema?
Há uma incidência familiar. Se um dos pais foi enurético a chance do filho apresentar enurese é de cerca de 40%.Tendo sido ambos os pais enuréticos, a chance sobe para 75-80%. Invoca-se como causas fisiopatológicas: o atraso da maturidade vesical, a produção inadequada de hormônio antidiurético durante a noite, o sono muito profundo etc. Problemas orgânicos e emocionais são menos influentes na enurese noturna primária, mas se tornam relevantes na secundária e na diuturna.

A Enurese Deve ser investigada e tratada?
Certamente. Não só por que doenças importantes podem ser diagnosticadas nestas investigações, como a orientação adequada pode ser decisiva na solução do problema e na conservação de uma auto-estima que poderá se tornar enfraquecida por estes fatos, aumentando a complexidade do caso.

Tratamento:

A identificação de causas:
Orgânicas, ou emocionais tratáveis, podem resolver o problema definitivamente.

Tratamento comportamental
Baseia-se no reforço positivo pelas manhãs secas e tratamento não punitivo pelas molhadas
Uso de alarmes:
Sonoros ou vibratórios que ajudam a condicionar a criança no reconhecimento do início da perda urinária; há necessidade de compreensão do mecanismo de ação e de motivação para acordar, sair para urinar e refazer a cama. Seus resultados são bons, mas algo demorados.
Importante para o sucesso do tratamento:
Não castigar a criança. Recompensar o esforço que ela está fazendo mais do que o próprio resultado. Encorajar o esvaziamento da bexiga antes de dormir. 

Encoprese

A encoprese (do grego en-kópros-osis = processo patológico não inflamatório que afeta a defecação) é um transtorno da eliminação ou excreção caracterizada pela dificuldade que algumas crianças têm para controlar adequadamente a evacuação intestinal, eliminando repetidas fezes em lugares inadequados. Importante ressaltar que para o diagnóstico é fundamental que a criança tenha pelo menos quatro anos de idade, que ocorra um episódio por mês durante três meses e que o comportamento não seja devido a efeitos de medicamentos ou substâncias, como laxantes.
O controle voluntário da defecação é uma das primeiras formas de autocontrole que uma pessoa aprende em sua convivência social e que reforça tanto o processo de aprendizagem quanto a relação entre os pais e a criança, durante o qual esta consegue a habilidade de inibir voluntariamente os reflexos retoesfincterianos e tomar para si o controle voluntário dos mecanismos de evacuação. Assim, é preciso observar se há alguma alteração no desenvolvimento infantil que possa levar ao aparecimento da encoprese.
Em algumas crianças, esta falta de controle pode existir com ou sem constipação, ou seja, antes de eliminar as fezes nas roupas ou no chão elas apresentam uma forte prisão de ventre, com muita dificuldade em irem ao banheiro. Existem duas classificações para o transtorno:
Encoprese primária – quando a criança nunca adquiriu o controle voluntário dos mecanismos de evacuação intestinal;
Encoprese secundária – quando a criança já havia adquirido o controle durante pelo menos doze meses e não consegue mais.
As causas da encoprese abrangem diversos fatores que devem ser avaliados com muito cuidado. Podem ser devido a tentativas de aprendizagem antes do período apropriado (quando os responsáveis acreditam que a criança deva aprender desde muito cedo a evacuar no local correto e de maneira correta), treinamento excessivamente exigente com punições caso os filhos não façam de acordo com o estipulado pelos pais, incômodo ou dor associado à evacuação fazendo com que a criança não queira ir ao banheiro e/ou acontecimentos estressantes na vida cotidiana.
 A encoprese (relacionada à constipação – o intestino preso -, impactação e retenção de fezes) em crianças escolares e pré-escolares pode se desenvolver por razões psicológicas, como a ansiedade diante da possibilidade de defecar em local inadequado (escola, ônibus, festa, etc) ou à um padrão de comportamento de oposição, uma forma de manifestar seus sentimentos (ou de escondê-los), mas acima de tudo devemos ver nos comportamentos equivocados das crianças um pedido de socorro.
Algo não vai bem e a criança nem sempre consegue explicar em palavras, por isso demonstra sua infelicidade, insatisfação, tristeza e ansiedade por meio de atitudes. 
O tratamento deste transtorno psicofisiológico envolve uma equipe multiprofissional, com médicos e psicólogos. O papel deste último é fundamental, já que a encoprese acarreta conseqüências psicossociais para as crianças, com prejuízos significativos, como vergonha, baixa autoconfiança, interferindo em suas atividades e no relacionamento com os colegas. Através destas informações, o terapeuta é capaz de desenvolver um tratamento de acordo com cada caso, proporcionando uma nova qualidade de vida à criança e à sua família. Ajudando a criança a sentir-se segura, capaz e amada de modo que as motivações sejam reduzidas e a criança possa se desenvolver em sua plenitude.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Transtorno de Conduta

Padrão comportamental do Indivíduo com Transtorno de Conduta
1. conduta agressiva que causa ameaça ou danos a outras pessoas e/ou animais;
2. conduta não-agressiva, mas que causa perdas ou danos a propriedades;
3. defraudação e/ou furto e;
4. violações habituais de regras.
Diagnóstico
Basicamente consiste numa série de comportamentos que perturbam quem está próximo, com atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens e crianças não se importam com os sentimentos dos outros nem apresentam sofrimento psíquico por atos moralmente reprováveis. Assim o comportamento desses pacientes apresenta maior impacto nos outros do que nos próprios. O transtorno de conduta é uma espécie de personalidade anti-social na juventude. Como a personalidade não está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o transtorno de conduta é muito próxima.
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é necessário verificar a presença de outras características e comportamentos desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O transtorno de conduta é freqüente na infância e um dos maiores motivos de encaminhamento a psiquiatria infantil.
Característica
na juventude. Como a personalidade não está completa, antes dos dezoito anos não se pode dar o diagnóstico de personalidade patológica para menores, mas a correspondência que existe entre a personalidade anti-social e o transtorno de conduta é muito próxima.
Certos comportamentos como mentir ou matar aula podem ocorrer em qualquer criança sem que isso signifique desvios do comportamento, contudo a partir de certos limites pode significar. Para se diferenciar o comportamento desviante do normal é necessário verificar a presença de outras características e comportamentos desviantes, a permanência deles ao longo do tempo. Além das circunstâncias em que o comportamento se dá, as companhias, o ambiente familiar, os valores e exemplos que são transmitidos devem ser avaliados para o diagnóstico. O transtorno de conduta é freqüente na infância e um dos maiores motivos de encaminhamento a psiquiatria infantil.
Curso
Tem sido observada uma tendência a se tratar de um problema duradouro que inicia na infância podendo chegar à idade adulta. Como é um transtorno relativamente novo não se pode afirmar cientificamente que durará a vida toda. Por enquanto tem se verificado que quanto mais precoce o início, maior a gravidade e tendência a durar ao longo da vida. Os sintomas mais leves como mentiras, falta às aulas podem preceder comportamentos mais graves como agressões físicas ou abuso de drogas. O desinteresse escolar e o próprio comportamento desviante levam ao fracasso acadêmico, tornando o futuro dessas crianças ou adolescentes mais limitado. O encontro com outras pessoas com o mesmo perfil pode ocasionar na formação de gangues, o que significa um primeiro passo na direção de atividades ilegais em grupo. Nesse caso as companhias podem precipitar as atividades delinqüentes.
Alguns eventos da vida favorecem a permanência do comportamento desviante, outros o atenuam. O ambiente escolar tanto pode incentivar como inibir, dependendo de suas características. Constata-se que uma boa escola faz diferença para a educação e formação dos adolescentes e crianças. Igualmente o suporte familiar e o envolvimento afetivo. A identificação com uma pessoa de boa índole tanto pode atenuar o comportamento como precipitar e aprofundar um comportamento patológico quando o parceiro afetivo age nesse sentido.
Um ciclo vicioso entre gerações é observado no ambiente anti-social do transtorno de conduta. Filhos de pais anti-sociais tendem a ser anti-sociais que por sua vez tendem a educar filhos anti-sociais perpetuando o ciclo. Não há evidências suficientes para se afirmar que esse problema seja mais genético do que ambiental, ou o contrário. Os estudo mostram influência genética, mas isso apenas não é suficiente para fazer surgir o transtorno de conduta.

Comorbidade
As crianças e adolescentes com transtorno de conduta apresentam também mais do que outras pessoas na mesma faixa etária, incidência de transtornos mentais. O mais freqüente é o déficit de atenção com hiperatividade, estando presente em aproximadamente 43% dos casos, os transtornos de ansiedade e obsessivo-compulsivos em 33% dos casos. O abuso de substâncias psicoativas também é mais elevado dentre os adolescentes com transtorno de conduta.

Tratamento
Os tratamentos citados na literatura não apresentam respostas satisfatórias, mas alguma melhora do comportamento é possível de ser obtida com uma intervenção em diferentes áreas. Psicoterapia individual, uso de medicação para os sintomas mais proeminentes, psicoterapia familiar, orientação de pais, treinamento dos envolvidos no trato direto como os professores. Abordagens isoladas como psicoterapia individual dificilmente surtirão algum benefício.

Transtorno Desafiador Opositivo




Características Diagnósticas
A característica essencial do Transtorno Desafiador Opositivo é um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiador, desobediente e hostil para com figuras de autoridade, que persiste por pelo menos 6 meses e se caracteriza pela ocorrência freqüente de pelo menos quatro dos seguintes comportamentos:
- perder a paciência, discutir com adultos, desafiar ativamente ou recusar-se a obedecer a solicitações ou regras dos adultos , deliberadamente fazer coisas que aborrecem outras pessoas, responsabilizar outras pessoas por seus próprios erros ou mau comportamento, ser suscetível ou facilmente aborrecido pelos outros, mostrar-se enraivecido e ressentido, ou ser rancoroso ou vingativo.
Os comportamentos negativistas ou desafiadores são expressados por teimosia persistente, resistência a ordens e relutância em comprometer-se, ceder ou negociar com adultos ou seus pares. O desafio também pode incluir testagem deliberada ou persistente dos limites, geralmente ignorando ordens, discutindo e deixando de aceitar a responsabilidade pelas más ações. A hostilidade pode ser dirigida a adultos ou a seus pares, sendo demonstrada ao incomodar deliberadamente ou agredir verbalmente outras pessoas (em geral sem a agressão física mais séria vista no Transtorno da Conduta).
As manifestações do transtorno estão quase que invariavelmente presentes no contexto doméstico, mas podem não ser evidentes na escola ou na comunidade. Os sintomas do transtorno tipicamente evidenciam-se mais nas interações com adultos ou companheiros a quem o indivíduo conhece bem, podendo assim não serem perceptíveis durante o exame clínico. Em geral, os indivíduos com este transtorno não se consideram oposicionais ou desafiadores, mas justificam seu comportamento como uma resposta a exigências ou circunstâncias irracionais.
Características e Transtornos Associados
As características e transtornos associados variam em função da idade do indivíduo e gravidade do Transtorno Desafiador Opositivo. No sexo masculino, o transtorno é mais prevalente entre aqueles indivíduos que, nos anos pré-escolares, têm temperamento problemático (por ex., alta reatividade, dificuldade em serem acalmados) ou alta atividade motora. Durante os anos escolares, pode haver baixa auto-estima, instabilidade do humor, baixa tolerância à frustração, blasfêmias e uso precoce de álcool, tabaco ou drogas ilícitas. Existem, freqüentemente, conflitos com os pais, professores e companheiros. Pode haver um círculo vicioso, no qual os pais e a criança trazem à tona o que há de pior um do outro. O Transtorno Desafiador Opositivo é mais prevalente em famílias nas quais os cuidados da criança são perturbados por uma sucessão de diferentes responsáveis ou em famílias nas quais práticas rígidas, inconsistentes ou negligentes de criação dos filhos são comuns. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é comum em crianças com Transtorno Desafiador Opositivo, bem como os Transtornos da Aprendizagem e da Comunicação.

Características Específicas à Idade e ao Género
Uma vez que o comportamento oposicional temporário é muito comum em crianças pré-escolares e adolescentes, deve-se ter cuidado ao fazer o diagnóstico de Transtorno Desafiador Opositivo, especialmente durante esses períodos do desenvolvimento. O número de sintomas de oposição tende a aumentar com a idade. O transtorno é mais prevalente em homens do que em mulheres antes da puberdade, mas as taxas são provavelmente iguais após a puberdade. Os sintomas em geral são similares em ambos os gêneros, à exceção do fato de que os homens podem apresentar mais comportamentos de confronto e sintomas mais persistentes.
PrevalênciaAs taxas de Transtorno Desafiador Opositivo são de 2 a 16%, dependendo da natureza da amostra populacional e métodos de determinação.
O Transtorno Desafiador Opositivo em geral manifesta-se antes dos 8 anos de idade e habitualmente não depois do início da adolescência. Os sintomas opositivos freqüentemente emergem no contexto doméstico, mas com o tempo podem aparecer também em outras situações. O início é tipicamente gradual, em geral se estendendo por meses ou anos. Em uma proporção significativa dos casos, o Transtorno Desafiador Opositivo é um antecedente evolutivo do Transtorno da Conduta.

Padrão Familiar
O Transtorno Desafiador Opositivo parece ser mais comum em famílias nas quais pelo menos um dos pais tem uma história de Transtorno do Humor, Transtorno Desafiador Opositivo, Transtorno da Conduta, Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Transtorno da Personalidade Anti-Social ou um Transtorno Relacionado a Substâncias. Além disso, alguns estudos sugerem que as mães com Transtorno Depressivo estão mais propensas a terem filhos com comportamento oposicional, mas não está claro o grau em que a depressão materna é causa ou conseqüência do comportamento oposicional nas crianças. O Transtorno Desafiador Opositivo é mais comum em famílias nas quais existe séria discórdia conjugal.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Videogame em excesso pode causar depressão

Estudo realizado na Austrália: jogadores de videogame que ultrapassam 21 horas semanais jogando videogame possuem maiores chances de desenvolver depressão e ansiedade. O estudo está sendo conduzido por Daniel Loton da Universidade de Victoria, em dois grupos de jogadores - aqueles que passam 21 horas ou menos jogos por semana, e aqueles que exceder as 21 horas semanais. Segundo o estudo que ainda está em andamento, o grupo que jogou mais de 21 horas por semana apresentou 25% a mais de tendências à depressão e 15% a mais de propensão ao estresse e à ansiedade. Além deste estudo, outro publicado pela revista Pediatrics, dos Estados Unidos, revelou que passar horas com os joguinhos eletrônicos pode causar depressão, fobia social e ansiedade em crianças. Dos jovens analisados, 45% eram adeptos aos games. Os que jogavam apresentavam mais sinais de depressão e menos saúde do que os que não jogavam. Os adeptos também apresentavam mais introversão e um aumento no ganho de peso em comparação aos que não jogavam vídeo game. Ainda segundo o estudo, a maioria dos jogadores que se diverte com o vídeo game rejeita a vida social para se dedicar as partidas eletrônicas. 

Crianças: qual o limite para o computador e o videogame?

Antigamente – mas há não tanto tempo assim! -, o que as crianças mais queriam era poder ficar o dia inteiro na rua, se deliciando com as mais variadas brincadeiras. No entanto, a vida moderna, marcada por problemas como violência e falta de lugares tranquilos para a diversão, fez com que o videogame, a televisão e o computador se tornassem os grandes companheiros da garotada.

Essas formas de entretenimento podem ser saudáveis e, inclusive, ajudar no desenvolvimento cognitivo das crianças, por meio de jogos e programas infantis. Porém, os pais precisam controlar o acesso dos filhos a conteúdos inapropriados para a idade, assim como o tempo de uso desses eletrônicos.
Segundo a Academia Americana de Pediatria (AAP), o excesso de exposição à TV e aos jogos está associado ao aumento da obesidade infantil e dos transtornos de déficit de atenção, que podem gerar problemas de desempenho na escola. Para evitar essas consequências negativas, crianças de até 12 anos devem usar os eletrônicos por apenas duas horas diárias.

Uma pesquisa do Laboratório de Pesquisa de Mídia da Universidade de Iowa, publicada na revista Pediatrics em 2010, apontou que crianças que ficam expostas à televisão e aos games por mais de duas horas diárias aumentam em 67% suas chances de apresentarem problemas de atenção. Outro dado relevante é o de que entre 3% e 7% das crianças em idade escolar sofrem com esse tipo de problema.

Oferecer à criança outras opções de entretenimento - como brincadeiras em parques e áreas de lazer do prédio - faz com que ela não pense no computador e na televisão como suas únicas formas de diversão. Ter jogos de tabuleiro e livros em casa também ajuda a entreter os pequenos durante as horas offline.
Matéria Portal Vital