segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dificuldades de aprendizagem


Discalculia

É uma dificuldade provocada por má formação neurológica e que se manifesta como uma limitação da criança ao realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los na seqüência correta. Em crianças maiores, ela também impede a compreensão dos conceitos matemáticos e a sua incorporação na vida cotidiana.
Se a discalculia não for detectada a tempo, poderá comprometer o desenvolvimento escolar de maneira mais ampla, colocando a criança numa situação de baixa auto-estima e medo.
Para ajudar, indique um psicopedagogo, pois ele irá iniciar com uma melhora da auto-estima da criança, valorizando as atividades da mesma e em seguida descobrirá como é o seu processo de aprendizagem, que muitas vezes é diferente do habitual. A partir daí fica fácil ajudar, pois uma porta se abre e é só colocar exercícios neuromotores e gráficos para trabalhar os símbolos.
Veja as dificuldades da discalculia, mas cuidado para não nomear um aluno sem ter certeza, pois cada criança tem um jeito de se desenvolver.
EM CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS OCORREM:
- problemas em nomear quantidades matemáticas, números, termos e símbolos;
- insucesso ao enumerar, comparar e manipular objetos reais ou em imagens;
- leitura e escrita incorreta dos símbolos matemáticos

Disortografia

É a dificuldade em visualizar a forma correta da escrita das palavras, pois a criança escreve conforme os sons da fala e sua escrita torna-se muitas vezes incompreensível.
Suas características são:
- troca de grafemas;
- falta de vontade para escrever;
- dificuldade para perceber sinalizações gráficas;
- dificuldade no uso de coordenação/ subordinação das orações;
- textos muito reduzidos;
- aglutinação ou separação indevida das palavras.
Uma das formas de se observar se a criança tem ou não disortografia, é na realização de ditado, pois é ali que apresentam trocas relacionadas à audição.
Portanto, não adianta trabalhar por repetição, mas usando a lógica, quando possível, e a conscientização da audição, em outros casos (ex.: s e ss, i e u, etc.).

Dislexia

É a dificuldade em aprender a ler, escrever e soletrar, sendo assim, uma pessoa disléxica lê com dificuldade e soletra muito mal, pois é difícil para ela assimilar palavras. Isso não quer dizer que ela seja menos inteligente, muito pelo contrário, muitas pessoas famosas são disléxicas, como no caso de Thomas Edison que inventou a lâmpada.
As causas da dislexia são neurobiológicas e genéticas, portanto é hereditário, se uma criança é disléxica, com certeza alguém de sua família também é.
O primeiro sinal possível de dislexia, e que pode ser detectado, é em relação a grande dificuldade que a criança tem em assimilar o que é ensinado. Outra forma de saber é observando se elas confundem letras com grande freqüência, em crianças menores (Educação Infantil) observe se elas têm dificuldades em rimar palavras e reconhecer letras e fonemas, já nas maiores (Primeira série) existe a dificuldade em ler palavras simples, em identificar fonemas e há reclamações de que ler é muito difícil. A partir da segunda série até a quinta série, a criança tem dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras.
A dislexia só é curada com um tratamento apropriado, num especialista e com muita paciência. Não existe um tratamento adequado a todas as pessoas, pois um é diferente do outro, mas na maioria o tratamento consiste em enfatizar a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência da leitura.
Como Saber se a criança é Disléxica
Crianças entre 3 e 6 anos
1-Ele insiste em falar como um bebê?
2-Freqüentemente pronuncia palavras de forma errada?
3-Não reconhece as letras que soletram o seu nome?
4-Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
5-Demora para aprender novas palavras?
6-Tem dificuldade em aprender rimas infantis?
Crianças entre 6 e 7 anos
1-Tem dificuldades em dividir palavras em sílabas?
2-Não consegue ler palavras simples e monossilábicas?
3-Comete erros de leitura que demonstram dificuldade em relacionar letras e sons?
4-Apresenta dificuldade em reconhecer fonemas?
5-Reclamam que ler é difícil?
6-Comete erros freqüentemente quando escreve e soletra palavras?
7-Memoriza textos sem compreendê-los?
Crianças de 7 a 12 anos
1-Comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
2-Confunde palavras de sons semelhantes como ”tomate e tapete?”
3-Utiliza muito palavras vagas como “coisa”?
4-Tem dificuldades em memorizar datas, nomes ou números de telefone?
5-Pula partes das palavras que tem muitas sílabas?
6-Troca palavras difíceis ao ler em voz alta? Exemplo: carro invés de automóvel.
7-Comete muitos erros de ortografia?
8-Escreve de forma confusa?
9-Não consegue terminar as provas?
10-Sente muito medo de ler em voz alta?

Dislalia

Consiste na presença de erros na articulação dos sons da fala, que podem ser omissões, trocas de posição de fonemas, assimilações de outros fonemas e acréscimos de fonemas inexistentes na palavra.
Pode ser causada por ambiente familiar inadequado, imitação, falta de estímulos, hereditariedade, bilingüismo, dificuldades no desenvolvimento auditivo, atraso no desenvolvimento motor e atraso de maturação neurológica.
Alguns exemplos de dislalia:
- ao invés de falar bola, fala póla;
- ao invés de porta, poita;
- ao invés de preto, peto;
- e assim por diante.
Se a criança for corrigida pelos professores, ela poderá se sentir criticada, portanto deve-se encaminhar para a fonoaudióloga assim que detectada a dislalia, mas muito cuidado, pois crianças muito pequenas tendem a falar errado e, portanto devemos avaliar bem se realmente a criança tem problema na fala ou se é somente uma fase.

Disgrafia

É uma perturbação que afeta a qualidade da escrita em relação ao traçado e a grafia. A disgrafia só pode ser diagnosticada depois dos seis anos, após a criança ter entrado na escola e adquirido a linguagem escrita.
As causas podem ser orgânicas (problemas no desenvolvimento da lateralidade, motricidade e equilíbrio), emocionais (personalidade ou meio onde vive) e pedagógicas (metodologias de ensino que contribuem).
A criança que tem disgrafia apresenta dificuldade em escrever, em segurar um lápis, e se observarmos o caderno dela veremos que os textos têm a mesma aparência, com letras muito grandes, inclinação acentuada, espaços irregulares entre as palavras, com caligrafia irregular e ilegível.
Ao suspeitar que uma criança tenha disgrafia, procure um profissional qualificado como psicólogo ou psicopedagogo e peça uma avaliação. Você também pode ajudar trabalhando com a motricidade fina (recortes, colagens, picotagens, etc.) ou com a orientação visual espacial (labirintos, jogos de simetria e de diferenças).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dicas para facilitar os estudos


a)É necessário organizar o tempo disponível para o estudo em casa e estabelecer um horário do dia para as tarefas escolares, esforçando-se para não alterar seu horário de estudo. Isso o ajudará a criar um hábito de trabalho em casa.

b)Procure um canto sossegado para estudar, verifique se todo o material de que precisa está à mão.

c)Organize seu trabalho de acordo com as necessidades. As tarefas para o dia seguinte devem ser as primeiras a serem feitas.

d)No final de cada tarefa, dê uma “paradinha”, isso ajuda a descansar a mente e o corpo e em seguida retome as tarefas; a “paradinha” deve ser seguida à risca.

e)Concentre-se em uma tarefa de cada vez. Não faça uma atividade com a cabeça preocupada com o que ainda está faltando. Se você se organizar bem, haverá tempo de sobra.

f)Acostume-se a prestar atenção no tempo que está gastando para fazer suas tarefas. Cada pessoa tem seu ritmo próprio.

g)Todo dia você deve dar uma olhada rápida no assunto que acabou de ser ensinado. Não deixe para ver toda a matéria nas vésperas da prova, porque deste jeito, você só descobrirá dúvidas quando não houver mais tempo de pedir auxílio ao professor.

h)Evite fazer “paradas” para lanche durante o horário de estudos. Estude antes ou depois do lanche. Aquela sede, aquela fome ou a súbita vontade de ir ao banheiro, tudo isso é desculpa para não se concentrar.

i)Fazer os trabalhos escolares é trabalhar mesmo! É uma responsabilidade igual à de seus pais, em suas atividades profissionais. Como qualquer pessoa, você tem de trabalhar todos os dias. Além de aprender, você está se preparando para a sua vida de adulto. Estudar é o seu trabalho!

Você sabia que o melhor modo de não ficar ansioso com as tarefas escolares é nunca deixar nada para a última hora! Se fizer logo a tarefa que acabou de ser pedida pelo professor, ficará com o resto do tempo para fazer o que quiser! Se você fizer o que quiser antes da tarefa, o peso do trabalho não realizado estragará qualquer diversão…

Não me venha com essa história de que vai estudar a tarde inteira! Estabeleça um período razoável para os estudos. Um período que você possa realmente aguentar e se organize para usar esse tempo, dividindo-o pelas tarefas que tem a fazer.

Você tem problemas em alguma matéria?

Converse com o professor, peça explicações aos colegas, mexa-se!

Não deixe que a dificuldade aumente!

Se você ficar doente (Espero que isso não aconteça!), e faltar alguns dias, dê um jeito de conseguir que um amigo lhe traga as anotações das aulas e os trabalhos que deverão ser feitos. Se não for atrás, na volta à escola estará totalmente perdido…

Aprender é uma questão de lógica.

A aprendizagem é fundamentalmente um processo lógico e o mais importante é que o aluno faça de seu estudo um contínuo exercício de pensamento.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Como ajudar a criança autista na escola

No início da aula, a transição de deixar o seu pai /cuidador para se tornar parte de seu grupo, é uma forma estressante para criança com autismo. Dica para os professores - deixar pronto todos os materiais e inciar com o brinquedo preferido da criança ou atividades que são fáceis de fazer.
-Pergunte ao pai/ cuidador antes do início das aulas que atividades favoritas dos seus filhos, e encontrar uma maneira de trabalhá-las neste momento de transição.
-Materiais como papel machê, cola, tintas de dedo, massinha, argila, etc, pode causar a criança a ter uma resposta negativa. Incentivar o uso de ferramentas (pincel, trincha ou luvas) para as crianças  super sensiveis ao toque.Planejar as atividades e estar ciente de certas modificações.
-O aluno que têm um fascínio com os brinquedos de transporte (carro,trem).Propor uma atividade pintura ou modelagem com eles.
-As pistas visuais (objetos concretos, fotos) são muito importantes.O ambiente deve ter uma imagem explicando o seu uso e finalidade.
-Coloque imagens em embalagens de itens do que pertence no recipiente. Coloque essas mesmas imagens nas prateleiras onde os recipientes sejam mantidos. Isso é muito reconfortante e acolhedor para uma criança com autismo.
-Ordem e previsibilidade são muito importantes. Essas pistas visuais ajudá-los a prever os efeitos do seu ambiente, e remover o medo do desconhecido. Além disso, a utilização de um programa de imagem ou o nome da criança gravado (mesa, hora da roda e nos materiais)
-Mais uma vez, a previsibilidade ajuda a criança com autismo funcionam suavemente e sem medo e stress. Quanto mais você pode informar a criança com autismo sobre seu ambiente e que vai acontecer a seguir, mais sucesso você terá comportamentalmente.
 -Ambiente tranquilo (um cantinho com um tapete no chão, uma cadeira puff ou uma cadeira de balanço para sentar. Criar um espaço maravilhoso para a criança mais agitada acalmar.
- Muitas pessoas com autismo têm dificuldade em filtrar ruídos estranhos. Usando um tapete no chão, vai ajudar a minimizar estes sons.
-Evitar vários cartazes, brinquedos, e outros estimulos. As crianças com autismo, são completamente distraído por estímulo visual. Um educador sábio, que quer a atenção de seus alunos, irá evitar nas paredes vários cartazes.
-Incentivar a ajuda na limpeza e organizar o ambiente  é uma ótima maneira para a criança com problemas de integração sensorial para usar seus músculos grandes. Fazer estas crianças para transportar cadeiras pesadas ou livros ajuda a organizar seu cérebro e também tem um efeito calmante sobre o sistema nervoso. 
-Deixar o aluno com autismo ser ajudante na sala de aula. Isso lhes dará mais oportunidades para o movimento que muitas destas crianças anseiam.Carregar os materiais, apagar o quadro-negro, lavar mesa, organizar os brinquedos são algumas idéias.
-Nunca punir uma criança com autismo que procura movimento, tirando um recreio ao ar livre. Isso só vai aumentar a inquietação e explosões. 
-Para as atividades de círculo e de grupo, tentar fornecer puff ou tapete individual, para que o aluno com autismo entende que sua posição é no espaço. Isto proporciona-lhe um limite físico.
-Preparar e organizar o ambiente e os materiais de acordo com nível intelectual da criança com autismo.
 Por Johanna Cordeiro Melo franco