quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Disortografia



A disortografia pode ser definida como o conjunto de erros da escrita que afetam a palavra mas não o seu traçado ou grafia. A disortografia é a incapacidade de estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no desconhecimento ou negligência das regras gramaticais, confusão na grafia de palavras, falta de acentos ou na correspondência incorreta entre o som e o símbolo escrito, (omissões, adições, substituições, etc.).
Sinais indicadores:
•Substituição de letras semelhantes.
•Omissões e adições, inversões e rotações.
•Uniões e separações.
•Omissão - adição de “h“.
•Escrita de “n“ em vez de “m“ antes de “p“ ou “b“.
•Substituição de “r“ por “rr“.
Problemas associados:
Perceptivos:
•Deficiência na percepção e na memória visual auditiva
•Deficiência a nível espaço-temporal (correta orientação das letras), discriminação de grafemas com traços semelhantes e adequado acompanhamento da sequência e ritmo da cadeia falada.
Linguístico:
•Problemas de linguagem – dificuldades na articulação
•Deficiente conhecimento e utilização do vocabulário
Afetivo-emocional:
•Baixo nível de motivação
Pedagógicas:
•Método de ensino não adequado, (utiliza frequentemente o ditado, não se ajusta à necessidades diferenciais e individuais dos alunos, não respeitando o ritmo de aprendizagem do sujeito).
O que pode fazer:
•Encorajar as tentativas de escrita da criança, mostrar interesse pelos trabalhos escritos e elogiá-la.
•Incitar a criança a elaborar os seus próprios postais e convites, a escrever o seu diário no final do dia como rotina.
•Chamar a atenção da criança para as situações diárias em que é necessária a utilização da escrita.
•Incite a criança a ajudá-la na elaboração de uma carta.
•Não valorize demasiado os erros ortográficos da criança uma vez que estes já são motivo de repreensão e frustração demasiadas vezes.
•Não corrija simplesmente os seus erros mas tente antes procurar a solução com a criança (ex.: "qual a outra letra que podemos usar para fazer esse som?").
•Recorra a livros de atividades que existem no mercado que permitem à criança trabalhar os vários casos de ortografia.
•Não sobrecarregue, contudo, a criança com trabalhos e fichas que a cansem demasiado e a levem a ver as atividades acadêmicas como desagradáveis.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Discalculia


 A Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números e faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, contagens, sinais numéricos e até na utilização da Matemática no dia-a-dia.

Mesmo associado à Dislexia, o distúrbio deve ser considerado um problema de aprendizado independente, já que é muito mais comum entre as crianças. O transtorno é hereditário e pode ser identificado a partir dos sete anos de idade.

Quanto mais cedo iniciar o tratamento melhor, e o período escolar é o momento em que os sinais são apresentados. Caso a Discalculia não seja tratada precocemente, haverá comprometimento no desenvolvimento escolar de forma global e baixa auto-estima, devido às críticas e dificuldades no cotidiano.

Os principais sintomas e soluções para ajudar:

· Lentidão extrema da velocidade de trabalho;
· Problema com orientação espacial;
· Dificuldades com operações de soma, subtração, multiplicação e divisão;
· Dificuldade com grande quantidade de informação de uma vez só;
· Tendência a transcrever números e sinais erradamente.

A pessoa é capaz de compreender a matemática representada simbolicamente (3+2=5), mas é incapaz de resolver na forma de problema:
“Maria tem três balas e João tem duas. Quantas balas eles tem no total?”.

Algumas dicas:

· Permitir o uso de calculadora;
· Usar caderno quadriculado;
· Fazer provas oralmente, desenvolvendo as expressões mentalmente e ditando para que alguém as transcreva;
· Prestar atenção no processo utilizado pela criança, o tipo de pensamento que ela usa para resolver um problema;
· Incentivar a visualização do problema, com desenhos e depois internamente.

O portador de discalculia precisa da compreensão de todos em sua volta, pois encontra grandes dificuldades em coisas que para nós parecem óbvias.

Assim que os pais notarem essa dificuldade nos filhos, devem procurar ajuda de um Psicopedagogo que vai solicitar exames e uma avaliação neurológica ou neuropsicológica. Deve-se elevar a auto-estima do discalcúlico valorizando suas atividades e descobrindo qual o seu processo de aprendizagem. O principal objetivo é estimular as habilidades psicomotoras, habilidades espaciais e contagem de números.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)

O que é Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação?

Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC) ocorre quando há atraso no desenvolvimento de habilidades motoras ou dificuldades para coordenar os movimentos, que resultam em incapacidade da criança para desempenhar as atividades diárias. O diagnóstico pode ser feito pelo médico, que vai se certificar de que:
 1) os problemas de movimento não são devidos a qualquer outro transtorno físico, neurológico ou comportamental conhecidos;
 2) se mais de um transtorno está presente. As características das crianças com TDC geralmente são notadas primeiro por aqueles mais chegados a elas, pois as dificuldades motoras interferem no desempenho acadêmico e/ou nas atividades de vida diária (ex.: vestir, habilidade para brincar no parquinho, escrita, atividades de educação física).
Acredita-se que o TDC afete 5% a 6% das crianças em idade escolar e tende a ocorrer mais freqüentemente em meninos. O TDC pode ocorrer sozinho ou pode estar presente na criança que também tem distúrbio de aprendizagem, dificuldade de fala/linguagem e/ou transtorno do déficit de atenção.
Quando descrevemos crianças com TDC, é importante reconhecer que elas formam um grupo muito variado. Algumas têm dificuldade em várias áreas, enquanto outras podem ter problemas apenas com certas atividades. Listamos abaixo algumas das características mais comuns que podem ser observadas na criança com TDC.

Características Físicas:

1. A criança pode parecer desajeitada ou incoordenada em seus movimentos. Ela pode trombar, derramar ou derrubar coisas.
2. A criança pode ter dificuldade com habilidades motoras grossas (corpo inteiro), habilidades motoras finas (usando as mãos) ou ambas.
3. A criança pode ter atraso no desenvolvimento de certas habilidades motoras, tais como: andar de velocípede ou bicicleta, agarrar bola, saltar a corda, abotoar a roupa e atar os cordões aos sapatos.
4. A criança pode apresentar discrepância entre suas habilidades motoras e habilidades em outras áreas. Por exemplo, as habilidades intelectuais e de linguagem podem ser altas, enquanto as habilidades motoras atrasadas.
5. A criança pode ter dificuldade para aprender habilidades motoras novas. Uma vez aprendidas, certas habilidades motoras podem ser desempenhadas muito bem, enquanto outras podem continuar a ser desempenhadas de maneira pobre.
6. A criança pode ter mais dificuldade com atividades que requerem mudança constante na posição do corpo, ou quando ela tem que se adaptar a mudanças ao seu redor (ex.: futebol, beisebol, tênis).
7. A criança pode ter dificuldades com as atividades que requerem o uso coordenado dos dois lados do corpo (ex.: recortar com tesoura, cortar alimento usando faca e garfo, fazer polichinelo, segurar um bastão com duas mãos para acertar na bola, ou manejar o bastão de hockey).
8. A criança pode apresentar postura ou equilíbrio pobre, particularmente em atividades que requerem equilíbrio (ex.: subir escadas ou manter-se de pé enquanto se veste).
9. A criança pode ter dificuldade em escrever. Essa é uma atividade que envolve interpretação contínua da resposta dos movimentos da mão enquanto novos movimentos são planejados, o que é muito difícil para a maioria das crianças com TDC.

Características Emocionais/Comportamentais:

1. A criança pode parecer desinteressada em certas atividades, ou as evita, especialmente aquelas que requerem resposta física. Para a criança com TDC, habilidades motoras são muito difíceis e requerem mais esforço. O cansaço e fracasso repetido podem fazer com que ela evite participar de tarefas motoras.
2. A criança pode demonstrar problemas emocionais secundários, como baixa tolerância à frustração, auto-estima diminuída e falta de motivação, devido aos problemas para lidar com atividades corriqueiras, requeridas em todos os aspectos da vida.
3. A criança pode evitar socialização com os colegas, principalmente no parquinho. Algumas crianças procuram outras mais jovens para brincar, enquanto outras vão brincar sozinhas ou procuram o professor ou a pessoa responsável. Isso pode ser devido à baixa autoconfiança ou tendência a evitar atividades físicas.
4. A criança pode parecer insatisfeita com seu desempenho (ex.: apaga trabalho que escreveu, queixa-se do desempenho em atividades motoras, mostra-se frustrada com o produto do trabalho).
5. A criança pode se mostrar resistente a mudanças na sua rotina ou no ambiente. Se ela tem que fazer muito esforço para planejar a tarefa, depois, mesmo uma pequena mudança na forma de desempenhá-la pode representar um grande problema.

Outras Características Comuns:

1. A criança pode ter dificuldade em balancear a necessidade de velocidade com a de exatidão. Por exemplo, a letra pode ser muito boa, mas a escrita é extremamente lenta.
2. A criança pode ter dificuldades acadêmicas em certas disciplinas como matemática, ditado ou redação, que requerem escrita correta e organizada na página.
3. A criança pode ter dificuldade com atividades de vida diária (ex.: vestir-se, usar faca e garfo, lavar os dentes, abotoar e manejar fechos de correr/zipper, organizar a mochila etc.).
4. A criança pode ter dificuldade para completar o trabalho dentro de um espaço de tempo normal. Uma vez que as tarefas requerem muito mais esforço, ela pode ficar mais inclinada à distração e tornar-se frustrada com uma tarefa rotineira.
5. A criança pode ter dificuldades, em geral, na organização de sua carteira/mesa, armário, dever de casa ou mesmo do espaço na página.

Fonte: Cheryl Missiuna, Lisa Rivard & Nancy Pollock

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crianças com pais deprimidos têm mais problemas de comportamento


Um novo estudo realizado nos EUA com mais de 20 mil famílias indicou que crianças com pais deprimidos são mais propensas a ter problemas emocionais e comportamentais.
No estudo, 11% das crianças que tinham pai deprimido tinham problemas em casa ou na escola, e 19% apresentaram problemas se tinham mãe com depressão. Se ambos os pais tiveram depressão, uma em cada quatro crianças desenvolvia problemas emocionais ou comportamentais.
Quando nenhum dos pais tinha sintomas de depressão – o que foi o caso de quase nove em cada dez famílias – apenas 6% dos filhos tinham problemas emocionais e comportamentais.
Os pesquisadores afirmaram que o estudo não prova que o humor dos pais é “passado” para seus filhos. Mas parece provável que ter um pai deprimido pode trazer consequências negativas para as crianças.
Pesquisadores ainda afirmaram que pais que estão deprimidos tendem a se envolver menos com seus filhos, a exibir comportamentos menos positivos e ser mais severos, com comportamentos negativos e críticos.

Workshop Autismo

Dez coisas que você precisa saber sobre o autismo

1
Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, melhor. Inclusive os bebês podem receber tratamento a partir de brincadeiras.
2
É preciso “ensinar a criança autista a aprender”. Ela aprende com a repetição
3
Crianças autistas tendem a não focar o olhar. Estimule-a a seguir pessoas e objetos; assim, seu aprendizado será mais acelerado.
4
Agressões podem ser formas de se comunicar e podem significar vontade de ir ao banheiro ou comer.
5
É preciso prestar atenção no que o autista quer dizer com gestos, balbucios ou gritos. Isso tornará o tratamento mais eficaz.
6
No caso de a criança não falar, é importante criar uma forma de se comunicar com ela. Isso pode ser feito por meio de acenos e gestos.
7
A criança com distúrbio autista também reage ao meio em que vive. Se ela parecer agitada, tente notar em quais momentos isso ocorre. Ela pode não estar gostando da cor da sua camisa.
8
Irmãos de crianças diagnosticadas com autismo têm até 10% de chances de desenvolver a doença. Os pais precisam observar possíveis riscos.
9
Para assegurar a integridade física dos filhos, os pais não devem hesitar em intervir.
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Busque profissionais especializados.