segunda-feira, 25 de abril de 2011

Porque as crianças mordem?

A mordida é, e sempre foi um meio de defesa principalmente para se conseguir o que se quer. É uma forma “drástica” de se comunicar.
Alguns passam por isso, outros não. Alguns são incentivados por brincadeiras dentro de casa, outros por comportamentos fora de casa (foram mordidos) e outros por índole.
O que precisa ser feito é mostrar a eles que existem outras formas para se demonstrar esse “querer” e o se “defender”.
Normalmente as mordidas são praticadas por crianças pequenas em fase de amadurecimento que estão tomando contato com sentimentos como medo, frustração, angustia e tantos outros que instigam diferentes formas de comunicação e defesa, passando do choro, enquanto bebês, para a mordida em crianças um pouco maiores.
A criança que morde usa a mordida como meio de comunicação, como último recurso, e não como uma forma de violencia ou agressividade.
Os pais e professores devem ficar atentos em não supervalorizar o ato “a mordida” e sim analisar as causas que levaram a criança a morder. Muitas vezes, a mordida pode ocorrer também para chamar a atenção em razão da supervalorização da ocorrência.
Quando a mordida acontece é normal os pais ou professores fazerem discursos para a criança tentando mostrar-lhe que isso não se deve fazer. Porém, este comportamento de nada adianta uma vez que a criança com esta idade (entre 2 e 4 anos) ainda não tem esse entendimento.
Normalmente as mordidas acontecem na escola e em razão de quererem o mesmo brinquedo. O ideal é o professor repetir a cena só que ensinando a criança a pedir o brinquedo e o outro a emprestá-lo.
Porém, ao acontecer um caso de mordida, este comportamento tende a se repetir outras vezes, então o ideal é não deixar a criança brincar muito próxima umas das outras. A criança pequena senta sempre muito perto do “amigo” para brincar e esta proximidade facilita o uso da mordida como recurso de comunicação. Se estão sentados um pouco distantes um do outro (é claro que não estou falando, em hipótese alguma, para isolar a criança), quando se perceber que um está querendo o brinquedo do outro e que está ficando bravo por não consegui-lo é neste momento que a mordida virá, então o professor terá tempo de evitá-la em razão da distancia entre eles.
O início do ano, na fase de adaptação é muito comum este tipo de comportamento. No momento em que não mais houverem mordidas, a probabilidade de acontecer um novo caso será muito remota. Eles acabam esquecendo desta habilidade.
Os pais, em casa, devem prestar a atenção em como o filho reage quando contrariado. Se a reação for tentar morder é nesse momento que vocês têm que falar um NÃO bem acentuado para que ele perceba que isso não é certo. Então poderão ensiná-lo a pedir, e somente quando ele realizar o que se está ensinado é que vocês irão agradá-lo demonstrando que ele agiu de forma “linda”.
Na verdade tudo é um aprendizado e a escola, como uma forma ampla de socialização, é um campo favorável a este tipo de comportamento.
Mas não fiquem preocupados, esta fase passa!

Como evitar que a criança seja agressiva?

Para evitar que a criança seja agressiva podemos tomar algumas atitudes do conhecimento geral:
 •Lembrar que o afeto constrói a confiança entre pais e filhos e que o apoio emocional se mostra até nas nossas posturas quanto às tarefas da escola e à interação com amigos deles.
 •Definir regras e cuidar para que sejam cumpridas garantirá que eles saibam dos direitos e deveres que todos os seres humanos têm em sociedade e deixar claro, em atitudes firmes e amorosas, que comportamentos corretos são valorizados e haverá alguma perda se as regras estabelecidas são quebradas.
 •Com amor e limites, ambos demonstrados numa postura firme nas quais os pais também se lembram de respeitar “os combinados”, a  criança se sentirá segura para agir corretamente também, pois ela aprende pelo exemplo. Evite que o cansaço e as variações de humor não podem ser motivos para mudar todo dia regras acertadas no convívio familiar.
 •Claro que, como humanos, às vezes perdemos o controle – e isso é normal – mas é possível evitar (ao máximo) gritar, xingar e acusar a criança de coisas que não dependem dela ou que ela não poderia mudar. E aqui entra um outro modelo exemplar que vale manter na presença das crianças: cuide da relação que você vive com seu cônjuge, se for discutir algo, tente fazer sempre longe dos filhos.
 •Acima de tudo, guarde esta máxima: ame seus filhos pelo que eles são  e não deixe de ter mente que os filhos não vêm ao mundo para preencher nossas expectativas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A criança tímida

A timidez é uma característica da personalidade. Não é uma doença e tão-pouco caracteriza um desvio de comportamento. A criança tímida apresenta dificuldades em lidar com situações sociais em que tenha de interagir com um grupo de pessoas, ou até mesmo com um único indivíduo.
O sofrimento emocional é tão grande que pode haver uma série de alterações orgânicas, que se manifestam em reações tais como: aceleração do batimento cardíaco, sudorese excessiva nas axilas ou nas mãos, ou ainda não conseguir olhar nos olhos dos outros. Ou seja, a criança tímida apresenta um padrão de comportamento onde não consegue lidar com situações do quotidiano, como uma simples conversa, brincadeiras em grupo, ou compartilhar momentos agradáveis com amigos e familiares. Entretanto, trata-se apenas de uma característica pessoal, que deve ser compreendida, aceita e respeitada. A intervenção paterna só deve ocorrer quando essa característica começar a atrapalhar a vida da criança, ou seja, quando ela permanecer isolada, sem amigos, com medo de se expor na escola e em reuniões sociais/familiares.
Quando uma criança é tímida, isso significa, na maioria das vezes, que ela exige demais de si própria e tem medo de cometer erros… - o que pode ser consequência de pais muito exigentes e perfeccionistas na educação dos filhos… Assim, a criança vive num grande sofrimento, pois não consegue estabelecer um vínculo afetivo com outras pessoas, o que a leva a sentir-se solitária e distante dos outros. Acaba por ficar na dependência de que os outros se aproximem dela, pois não tem coragem para fazer o contrário. Normalmente, estas crianças respondem às outras de cabeça baixa e em tom de voz muito baixo.
Algumas crianças parecem ser tímidas no primeiro contato, mas apenas necessitam de um tempo maior para observarem o interlocutor e poderem concluir que não se sentem ameaçadas na sua presença. A partir daí, o relacionamento é natural. Em alguns casos a timidez ocorre somente na presença de adultos, o que demonstra que a criança se sente “vulnerável” diante de pessoas mais velhas. Nestes casos é importante observar como as relações familiares se estabelecem, para poder identificar quais as atitudes dos pais, familiares ou educadores que estão a intimidá-la e, consequentemente, a fazê-la retrair-se.

Prepare-a para conviver bem com o Mundo!

Nos primeiros anos de vida, a presença e o convívio com irmãos, primos e amigos é muito importante no processo de socialização. É fundamental que a criança se sinta segura e protegida nas suas relações interpessoais, para que no futuro já esteja mais acostumada ao convívio. Possibilitar o contacto com outras crianças - de preferência da mesma faixa etária –, em creches, escolas infantis, aulas de natação com as mamães e os bebês e concertos musicais para os pequeninos são boas opções.
Quando chegar a hora de ir pela primeira vez à escola, ajude-a a superar as dificuldades iniciais, mantendo-se ao lado dela, de mãos dadas. Apresente-lhe os professores – os quais por sua vez lhe deverão apresentar alguns coleguinhas -, mas não a exponha em público diante de todos, pois isso fará com que ela se retraia imediatamente. Permita-lhe o tempo que precisar para explorar – com os olhos, claro! – o ambiente. Peça aos educadores que a coloquem sentada perto de crianças calmas e não invasoras, de forma a que ela se sinta mais segura. Diga-lhe que estará por perto se ela precisar, mas fora da sala/escola e, calmamente, saia. Aos poucos a criança irá “soltar-se”…

Como ajudar a criança:

- Convide-a a participar das tarefas da casa consigo ou com os irmãos: lavar as frutas, colocar/recolher as roupas no varal, ir buscar a correspondência, etc.
- Quando saírem, incentive-a, mantendo-se sempre ao lado dela, a perguntar preços ou a pedir informações.
- Fale com os professores para que também possam ajudá-lo no trabalho com o seu filho.
- Não espere que a sua criança seja a mais popular da escola e não faça comparações com outras crianças. Cada indivíduo é único!
- Fale com entusiasmo de brincadeiras em grupo e estimule a criança convidar os amiguinhos para irem em sua casa brincar.
- Apresente-lhe a possibilidade de realizar atividades interessantes fora da escola e incentive-a a participar.
- Lembrem-se: as atitudes devem partir dela. O educador deverá apenas sugerir e orientar, tendo o cuidado de não se tornar uma fonte de stress para a criança.
- Em primeiro lugar, lembrem-se sempre de que o diálogo é o mais importante em qualquer situação.
- Não digam, à frente dos outros membros da família, das pessoas do seu convívio ou dos coleguinhas da sala de aula que a criança é introvertida, tímida, ou que tem dificuldades em relacionar-se, pois isso só irá agravar a situação e fazer com que ela se retraia ainda mais.
- Falem sobre o prazer de um beijo dado com carinho ou de um abraço apertadinho, mas NUNCA exijam que ela dê beijos ou abraços. Diante de outras pessoas perguntem-lhe se gostaria de dar um beijo ou um abraço, mas respeitem se a resposta for negativa. ENTRETANTO, expliquem-lhe que cumprimentar as pessoas com um “olá”, dizer “por favor” e “obrigada”, não são negociáveis, são atitudes educadas e que devem existir sempre.
- Ensinem-na a ser autónoma nas coisas que lhe são possíveis, tais como alimentar-se sozinha, vestir-se, calçar os sapatos, escovar os dentes, etc.
- Incentivem sempre a criança, mesmo que, pelos vossos critérios, o desenho, a roupa, ou a música, não estejam tão bem como julgam ser correto…

Especialmente aos professores:

- Convide-a a participar das tarefas na sala de aula, como distribuir, recolher, lavar e guardar materiais, auxiliar os mais novos nas suas dificuldades, dar as mãos aos coleguinhas para subir/descer escadas, ir ao jardim, etc.
- Ajude-a a participar de atividades onde é necessário falar aos coleguinhas, como cantar, contar histórias, falar um verso, fazer teatro, etc.
- Fale com os pais para que também se comprometam no trabalho a ser desenvolvido com a criança.
- Não faça comparações entre as crianças. Cada indivíduo é único!
- Fale com entusiasmo de brincadeiras em grupo e estimule TODAS as crianças a participarem.
-Apresente-lhe a possibilidade de realizar atividades interessantes com os coleguinhas e incentive-a a participar: horta, jardinagem, etc.
Por Thaís H. Delboni, para site Sapo família

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ansiedade na infância e adolescência

Vários fatores contribuem para o desenvolvimento de quadros ansiosos na infância e adolescência, entre eles estão as influências genéticas, o temperamento (principalmente inibição), as influências ambientais e fatores cognitivos. Nesse tipo de transtorno é a percepção de uma ameaça que gera a ansiedade e as crianças ansiosas tendem a perceber e interpretar seletivamente sinais de ameaça em situações nem sempre ameaçadoras.
 Tipos de ansiedade:

1-TAC - Transtorno de ansiedade de separação
Mais comum em bebês e crianças em idade pré-escolar, constitui o medo da separação real ou ameaça de separação das pessoas com quem estabeleceu vínculos, especialmente a mãe. A TAC geralmente vem acompanhada da preocupação de que algo vai acontecer com aos pais. A criança pode apresentar relutância em ir à escola, dormir sozinha e ainda desenvolver sintomas somáticos como vômitos, dores de cabeça, náuseas, etc. Também são comuns choro, ataques de raiva, tristeza, apatia, entre outros.

 2-Transtorno de ansiedade fóbico
As fobias se diferencias dos medos normais pois persistem mais tempo, são mal adaptativos e não há especificidade de idade. As fobias são específicas a objetos, lugares ou situações. A reação é intensa e extrema e pode provocar imobilidade, choro, ataques de raiva e angústia intensa.

 3-Fobia Social
Geralmente aparece na adolescência e sua principal característica é o medo excessivo da avaliação de seu desempenho junto ao grupo e em situações sociais. Em reação ao sentimento de humilhação e vergonha, a criança esquiva-se de tais situações. As crianças com fobia social relatam sofrimento moderado em situações como ler em sala de aula, apresentar-se em eventos esportivos e artísticos, falar com adultos, iniciar uma conversa, etc.

 4-Ataques de pânico
São imprevisíveis e acontecem em situações aonde não existe um perigo objetivo. É caracterizado por medo intenso que pode ser: insperado (não existe um fator desencadeante particular), vinculado a situações (ocorrem por antecipação) e predisposto por situações (específicos).

 5-TAG - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Mais difícil de ser diagnosticada pois pode ser confundida com outros transtornos afetivos. A TAG caracteriza-se pela preocupação excessiva, intensa e persistente envolvendo vários eventos passados e futuros como desempenho, realização de tarefas, controle de tempo, catástrofes, etc. A criança pode apresentar inquietação motora, nervosismo, tremores, sudorese, taquicardia, tontura, entre outros. Dores de cabeça, de estômago recorrentes, distúrbios do sono, tensão muscular, irritabilidade, dificuldade de concentração, fadiga também são sinais de TAG.

 Medo e ansiedade todos nós temos, mas devemos avaliar quando estes sintomas fogem da normalidade e exigem um cuidado mais específico. Na suspeita ou na dúvida, procure um psicólogo.


Saiba como estimular a coordenação motora de seu filho em todas as fases da vida

domingo, 17 de abril de 2011

Apoio ao Câncer


Olá Pessoal!
Hoje vou contar um pouquinho para vocês das crianças e adolescentes com câncer e de suas famílias.
A família e a criança enfrentam problemas como longos períodos de hospitalização, reinternações frequentes, terapêutica agressiva com sérios efeitos indesejáveis advindos do próprio tratamento, dificuldades pela separação dos membros da família durante as internações, interrupção das atividades diárias, limitações na compreensão do diagnóstico, desajuste financeiro, angústia, dor, sofrimento e o medo constante.
Atendo como voluntária na Casa Assistencial Maria Helena Paulina muitas crianças e alguns adolescentes com câncer e também dou atendimento de apoio aos pais. Na casa muitas crianças de diversas regiões de nosso país e até uma criança do Paraguai estão hospedadas para fazer o tratamento em diversos hospitais de São Paulo. Algumas crianças para o tratamento de quimioterapia e outras aguardando transplante de medula, rins, fígado e muitos outros casos.
Estas crianças e geralmente a mãe ou outro acompanhante da família ficam hospedadas na casa e recebem tudo gratuitamente desde alimentação,transporte para o local do tratamento, atendimento psicológico, atendimento homeopático,etc...
Na casa tem uma sala de leitura e brinquedoteca onde as crianças brincam e o que acho muito bonito é que no período que estão morando na casa elas se tratam como verdadeiros irmãos tanto as crianças como os adolescentes. Se preocupam com os que estão no hospital e ficam aguardando a chegada destes, para saber como foi o tratamento do dia, se estão bem, se precisam de ajuda, se querem brincar um pouco ou se preferem dormir. Explicam uns para os outros de seu tratamento e alguns falam abertamente que seu cabelo caiu e no momento está crescido, mais para o amiguinho que está careca não se preocupar pois a fase ruim passará e o cabelo voltará ao normal. Realmente o amor entre estas crianças é muito grande o que faz com que um ajude o outro a se fortalecer.
As mães sofrem muito pois estão longe de sua casa, com imensa saudades do marido, dos outros filhos que ficaram em sua cidade natal e tem muita dificuldade de lidar com esta situação. Procuramos então dar apoio emocional a estas mães para que se fortaleçam. Através de oficinas de artesanato e de diversas atividades com os voluntários estas mães acabam se distraindo um pouco, esquecendo um pouco suas tristezas e até aprendendo a fazer objetos que no futuro podem trazer-lhes alguma fonte de renda.
È um trabalho que adoro desenvolver e me sinto muito recompensada na companhia destas crianças, adolescentes, mães, funcionários da casa e voluntários.
Também gostaria de comentar aqui como o apoio ao câncer é fundamental para o paciente e a família que se sente acolhida e consegue buscar forças para que o tratamento seja um sucesso.
Recomendo a quem se interessar pelo assunto o blog Desafiando o Câncer de uma amiga voluntária da Casa Maria Helena que passou por este desafio que é o câncer e o venceu e que lá escreve de tudo desde o tratamento, onde achar a medicação, até como se alimentar e formas de usar lenços e se sentir mais vaidosa mesmo durante a quimioterapia. Recomendo também o site do Núcleo Nosso Lar que desenvolve um trabalho muito bonito de apoio ao câncer em Florianópolis e que vale a pena conhecer o trabalho deles.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva 14/04

Educação Inclusiva é um sistema de educação e ensino em que todos os alunos com necessidades educacionais especiais, incluindo os alunos com deficiência fisica, frequentam as escolas comuns, da rede pública ou privada, com colegas sem deficiências.
Segundo o Parecer CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica) os educandos que apresentam necessidades educacionais especiais são aqueles que, durante o processo educacional, demonstram:
a) dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitação no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares compreendidas em dois grupos: aquelas vinculadas a uma causa orgânica específica e aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências;
b) dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando adaptações de acesso ao currículo com a utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
c) altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os levem a dominar rapidamente os conceitos, os procedimentos e as atitudes e que, por terem condições de aprofundar e enriquecer esses conteúdos, devem receber desafios suplementares.
O que devemos parar para pensar neste dia é que "Educação é para todos e todas".Todas as crianças e adolescentes tem direito a educação independente de sua condição. 
A Escola Inclusiva respeita e valoriza todos os alunos, cada um com a sua característica individual e é a base da Sociedade para Todos, que acolhe todos os cidadãos e se modifica, para garantir que os direitos de todos sejam respeitados.
Devemos eliminar os preconceitos e perceber que vivemos em um mundo com uma grande diversidade social e cultural. Que cada pessoa é única e tem sua forma de desenvolver a aprendizagem. O que cabe a nós profissionais da área de saúde, aos pais e professores é observar como determinada criança aprende com mais facilidade e adotar estes métodos para esta criança.
Algumas crianças entendem uma palavra muito melhor quando você faz um desenho na lousa. Outra entende mais quando você canta uma música inventada para a aula de Ciências. E outra por sua vez entende melhor a tabuada quando você usa palitos de sorvete ou sementes. E por isso,devemos explicar a mesma coisa de um jeito diferente para cada criança. De um jeito que ela entenda e compreenda o conteúdo proposto. Isto é inclusão!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Regras que valem ouro!

1. ELOGIOS E PRÊMIOS
As melhores recompensas são atenção, elogios e amor. Doces, mimos e brinquedos não são necessárias como recompensas. Um quadro de estrelinhas ou um passeio especial podem fortalecer um padrão de bom comportamento.
2. CONSISTÊNCIA
Depois de estabelecer uma regra, não abra mão dela em troca de sossego ou porque se sente constrangido. Assegure-se de que todos - e isso inclui seu parceiro e babá - sigam as mesmas regras. Afinal, regra é regra.
3. ROTINA
Mantenha sua casa razoavelmente em ordem e siga uma rotina. Ter horários para acordar, fazer as refeições, tomar banho e ir para a cama são os alicerces da vida em família. Uma vez estabelecida à rotina, você pode ser um pouco flexível, nas férias, por exemplo. Embora seja um esquema, a rotina não precisa ser rígida.
4. LIMITES
Crianças precisam saber quais são os limites de seu comportamento, ou seja, o que é aceitável ou não. É fundamental definir regras e dizer às crianças o que se espera delas.
5. DISCIPLINA
Você apenas conseguirá manter os limites através da disciplina. Isso significa ter que manter um controle firme e justo. Muitas vezes, basta falar com autoridade e dar um aviso para dar o recado. Se isso não funcionar, há outras técnicas a serem usadas e nenhuma delas envolve punição.
6. AVISOS
Há dois tipos de avisos. Um diz à criança o que ela deve fazer – por exemplo, quando você avisa que está na hora do banho ou que está arrumando a mesa para o almoço. O outro é uma advertência quando a um mau comportamento, e oferece a ela uma chance de se corrigir sem precisar de outra ação disciplinar.
7. EXPLICAÇÕES
Uma criança pequena não consegue entender como deve se comportar a menos que você lhe diga como. Mostre e diga o que espera dela. Não argumente nem dê explicações complicadas – atenha-se apenas ao óbvio. Ao disciplinar uma criança, explique o motivo da maneira mais adequada para sua idade. Pergunte se ela entendeu porque foi repreendida para certificar-se de que a mensagem foi captada com êxito.
8. AUTOCONTROLE
Mantenha a calma. Você é o pai ou a mãe e está no comando. Não reaja a um ataque de raiva infantil com uma atitude irada nem responda a um grito com outro mais alto ainda. Você é o adulto. Não deixe que as crianças o enrolem.
9. RESPONSABILIDADE
O objetivo da infância é o crescimento. Atribua às crianças pequenas tarefas que lhe permitam fortalecer sua autoconfiança e aprender habilidades necessárias na vida e na sociedade. Envolva seus filhos na vida familiar, mas alimente expectativas razoáveis. Não os coloque em situações envolvendo o risco de fracasso.
10. RELAXAMENTO
Sossego é importante para todos, incluindo você. Deixe seu filho relaxado na hora de ir para cama com uma história, oração e muitos afagos. Dedique um tempo para você e, dê atenção ao seu parceiro e para os outros filhos se houver.

Rotina é fundamental para as crianças

Para que a criança se sinta segura e amada é muito importante que os pais criem uma rotina desde o seu nascimento, determinando horários fixos para alimentação, higiene e sono.
A rotina é fundamental para um desenvolvimento saudável e na medida em que a criança cresce, suas responsabilidades e atividades também tendem a aumentar. E fica ainda mais necessário o estabelecimento e a manutenção da rotina. O ideal é que se faça uma agenda ou um quadro juntamente com a criança contendo uma grade com a hora para brincar, alimentar, ver tv, tomar banho, ir a escola e fazer as atividades extra-curriculares, assim como para fazer as lições de casa. Principalmente se a criança for ansiosa o uso da agenda evitará este comportamento trazendo organização e um sentimento de controle perante o dia-a-dia.
A família deverá observar e procurar manter a rotina também aos sábados, domingos e feriados. Deixando um espaço para a criança criar, inventar e fazer atividades diferentes para experimentar o novo.
A flexibilidade é interessante desde que não signifique burlar as regras e os combinados, que deverão ser levados em conta na grande maioria do tempo.
No final do dia é adequado que os responsáveis revejam o dia junto com a criança. O que aconteceu no dia dela, se conseguiu manter a rotina. Se não, verificar o porquê e recapitular o que irá acontecer no dia seguinte.Desta forma a criança sabe o que esperar e o que deve fazer. 

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lição de casa

A pergunta mais frequente dos pais é se devem ajudar na Lição de Casa e, se sim, como devem fazê-lo.
Não há uma resposta absoluta para esta questão, pois depende de vários fatores que analisaremos a seguir.
Em primeiro lugar, vamos considerar que a relação que a criança estabelece com o conhecimento depende, em grande parte, da relação que os adultos, com os quais convive, têm com o conhecimento. Desta forma, compartilhar na família, experiências de conhecimentos trará contribuições importantes para o desenvolvimento intelectual de todos. Adultos que compartilham com a criança a leitura de um livro, comentam informações de jornais ou revistas, expõem ideias sobre um tema de interesse, conversam sobre sentimentos acerca de um filme, por exemplo, sem dúvida, fazem toda a diferença no seu desenvolvimento. Com a Lição de Casa e com qualquer outra atividade escolar, não será diferente. Adultos que se interessam por aquilo que a criança está aprendendo na escola, comentando o que sabem a respeito, disponibilizando fontes de informações, trarão contribuições importantes no desempenho escolar do aluno.
No entanto, interessar-se não significa assumir para si a obrigação de ensinar à criança, conceitos e procedimentos que são da competência da escola. Os adultos não estão proibidos de compartilhar o conhecimento trabalhado na escola com as crianças, mas também não devem se sentir obrigados a fazê-lo.
Quando a criança solicita muita ajuda para realizar a tarefa de casa, os pais devem comunicar a escola para que os motivos sejam analisados. Na maioria das vezes, a criança pede ajuda porque tem medo de errar e não suporta a ideia de expor isto ao professor e aos colegas de classe. Ainda não consegue perceber que a tarefa será valorizada pela sua disponibilidade de pensar e buscar soluções com autonomia e não só por apresentar respostas corretas.
A comunicação entre a família e escola é a melhor opção para as dúvidas e dificuldades relacionadas à Lição de Casa, pois cada situação envolve soluções diferenciadas. Há crianças, por exemplo, que a própria escola sugere o acompanhamento de um especialista para a realização da tarefa de casa. Outras, a escola pede para que os pais não interfiram, pois poderão confundir a criança, como é o caso, por exemplo, quando adultos fazem intervenções na escrita da criança quando ela ainda não está alfabética, ou quando tentam ensinar o algoritmo de uma operação quando ela ainda não possui o seu conceito.
Em relação, ainda, à participação dos pais nas tarefas de casa, a orientação é que não façam pela criança aquilo que ela tem condições de realizar sozinha, mesmo que o produto não corresponda à expectativa dos adultos.
A Lição de Casa deverá permitir ao aluno desenvolver a sua autonomia para aprender. Os adultos contribuirão para isto, na medida em que deixarem as crianças experimentarem aquilo que conseguem fazer sozinhas, e só então, receberem a ajuda necessária.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sobre o especial Hiperatividade da Revista Crescer

Na Revista Crescer do mês de fevereiro saiu um especial sobre hiperatividade e gostei muito das dicas que uma mãe de um menino com TDAH passou para os pais. Então resolvi transcrever este pedaço da matéria para voces aqui no blog:

 Minhas dicas para os pais



Vivian Sampaio, mãe de Thiago, 7, conta como faz para tornar sua vida e a de seu filho, diagnosticado com TDAH, mais fáceis


• Planeje com antecedência e explique antes como vai ser o dia para seu filho: ele tem um tempo próprio para finalizar qualquer atividade e as surpresas ou a imprevisibilidade podem deixá-lo mais ansioso e agitado. Estime um tempo extra para prepará-lo para sair.
• Tenha sempre algo para manter seu filho entretido. Crianças com TDAH não suportam esperar.
• A impulsividade é uma característica do TDAH. Por isso, evite perguntar o porquê de alguma atitude impulsiva. Você nunca terá explicação convincente e poderá ficar mais irritada.
• Crie um sistema de ações e recompensas. Selecione cinco tarefas que você espera que a criança faça diariamente. Por exemplo: sentar à mesa para jantar e tomar banho quando chamado. Peça para seu filho listar algumas recompensas. Defina um número de pontos para cada tarefa cumprida e para cada recompensa. Quando a criança atingir o numero de pontos que corresponde a uma recompensa, dê o prêmio rapidamente.
• Elogie a criança pelo mínimo que ela fizer, valorize os pequenos sucessos. Isso ajuda a regular as emoções.
• Ajude seu filho a exercitar sua organização e gerenciamento de tempo, pois isso colabora para um melhor desempenho acadêmico a longo prazo e será essencial quando adolescentes e adultos.
• Use “por favor” e o verbo em forma imperativa para pedir algo. A instrução tem que ser clara e especifica: diga simplesmente “hora do banho” com olhos nos olhos e espere pacientemente que ela faça o que foi pedido. Lembre-se: eles precisam de comandos e constantes direções.
• Crianças com TDAH têm dificuldade de regular emoções: escondem sentimentos ou simplesmente explodem. Pergunte no final do dia, antes de dormir, se tiveram um dia bom. Com o passar do tempo seu filho vai se sentir mais a vontade para explicar o que sente.
• Coloque-o numa atividade física que promova trabalho em grupo e melhore a interação social.
• Pergunte ao seu filho como ele resolveria um problema. Esse exercício permite rever uma atitude impulsiva.
• O momento de transição de uma atividade para outra sempre causa desconforto. Siga uma preparação: se a criança está vendo televisão e é hora do banho, avise-a com cinco minutos de antecedência, depois com dois minutos. Por fim, olhe para ela e diga que a televisão será desligada e a leve para o banho. No começo será difícil, mas ela vai se acostumar com esse procedimento
• Seja realista com as suas expectativas. Não espere perfeição. Espere menos frequência, menos duração e menos intensidade de uma atitude indesejável. Os sintomas de hiperatividade diminuem aos 8 anos, porém a hiperatividade interna tem grandes chances de continuar. Prepare seu filho para o futuro.
• Tenha iniciativa como pai/mãe, diminua suas reações quando ela fizer algo fora do esperado. Lembre-se que tratá-lo como se não tivesse TDAH será muito prejudicial para a família toda, inclusive para irmãos e para o ciúme entre eles.
• Castigo não muda comportamentos, pois não ensina uma melhor maneira de se comportar. O objetivo é educar e não punir.
• Não há nenhuma pesquisa comprovando que dieta alimentar possa tornar uma criança menos hiperativa. Se seu filho adora chocolate, não é preciso proibi-lo de comer.
• TDAH é uma doença consistentemente inconsistente. Espere dias bons e ruins e converse com o psiquiatra sobre alternativas de tratamento. Há medicamentos que podem ajudar muito
• Leia muito. As informações são limitadas, principalmente em português. Indico os sites Chadd, o de Sharon Weiss e o de Russel Barkley, todos em inglês.
• Mais importante de todas as dicas: a criança com TDAH deve sentir que ela não é o problema. A equação é pais + filho contra o problema.

Quem quiser ler todo o especial da Revista Crescer entre aqui
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205152-10498-1,00-DOSSIE+TDAH+UM+TRANSTORNO+COM+DEFICIT+DE+DIAGNOSTICO.html
e aqui
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205152-10498-2,00-DOSSIE+TDAH+UM+TRANSTORNO+COM+DEFICIT+DE+DIAGNOSTICO.html

Vale a pena ressaltar que temos sim material em português sobre isso, então deixo aqui algumas dicas de livros e sites sobre o assunto:

Livros:
1- Atenção e Hiperatividade
O que é?
Como ajudar?
Luís Augusto P.Rohde
Edyleine B.P. Benczick
Editora Artmed
2- Princípios e práticas em TDAH
Luís Augusto P. Rohde
Paulo Mattos & cols.
Editora Artimed

Sites:
http://adhd.com.br/ (Site do pesquisador Sérgio Bourbon Cabral)
http://www.hiperatividade.com.br/index.php (Hiperatividade)
http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/instituto/ (Instituto Paulista de Déficit de Atenção)
http://www.tdah.org.br/index.php (ABDA Associação Brasileira de Déficit de Atenção)
http://www.universotdah.com.br/ (Universo TDAH)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Crianças obedientes, pais felizes!

Vejo que na correria do dia-a-dia mães e pais, que trabalham e chegam em casa cansados, têm muita dificuldade em por limites nos filhos. Descrevo aqui algumas dicas de como fazer com que exista uma harmonia em casa e que as crianças entendam as regras e as cumpram:
  • Eduque sem culpa: Entender que existem regras faz parte de um importante processo de aprendizagem da criança. Por isso, os pais devem sentir-se autorizados a educar. Eles têm essa função e serão cobrados por isso.
  • Crie um bom vínculo afetivo : Demonstre carinho, converse e brinque. Assim, você cria uma maior cumplicidade com a criança. Segura de que tem a atenção dos pais, ela aprende que não precisa recorrer à desobediência para chamar a atenção. Dessa maneira, quando você precisar impor uma regra, a criança compreenderá mais facilmente que há momentos em que ela deve obedecer.
  • Valorize o papel da criança: Seu filho precisa conhecer a importância dele na família. Para isso, é bom que ele tenha o seu lugar reservado na mesa de jantar e seja ouvido pelos pais.
  • Crie uma rotina: Utilize o bom senso e estabeleça uma rotina para o seu filho. A rotina é fundamental, pois traz segurança e faz com que a criança se sinta cuidada. Aos poucos, dê-lhe uma certa autonomia para executar pequenas ações sozinhos. A criança gosta de sentir-se capaz.
  •  Dê ordens claras: Dialogue sempre, use linguagem adequada à faixa etária da criança e tom firme. Ao dar uma ordem, olhe nos olhos da criança. Aguarde alguns minutos e verifique se ela já fez o que você pediu. Se não, pegue-a pela mão e a acompanhe na execução. Repita até que ela se condicione a atendê-lo.
  •  Esteja preparado para lidar com a desobediência: Ao desobedecer, a criança busca uma satisfação momentânea, nem sempre o seu objetivo é afrontar o adulto. Por isso, aja com calma e firmeza. Não se pode dizer não aleatoriamente, mas é fundamental sustentá-lo quando for preciso, pois a criança tem que saber que ela não pode pular uma janela ou não deve agredir o coleguinha.
  • Diante da birra, fique firme: Quando a criança começar a fazer birra, mantenha a calma. Reforce que você não poderá atendê-la naquela hora e seja objetiva. Se estiver em público, não se preocupe com os comentários ou olhares das pessoas. Também não faça discursos ou ameaças enquanto a criança estiver chorando. Apenas tente desviar a atenção dela para outra coisa, mas não ceda.
  • Oriente a babá: Combine com os cuidadores as diretrizes da educação do seu filho. Esse diálogo é imprescindível para que não se estabeleça um relacionamento conflitante e a criança fique confusa.
  • Educa-se o tempo todo: Lembre-se: educar é uma atividade contínua e você precisa dar o exemplo. A educação é um processo que não ocorre apenas em situações de desobediência. A criança aprende muito por meio do que observa em seu cotidiano. Por isso, seja verdadeiro. Se enganar ou mentir uma vez, as crianças podem perder a confiança nos pais.

sábado, 2 de abril de 2011

Amigos Imaginários

Na primeira infância as crianças sentem a necessidade de criar o seu mundo de fantasia e é nesta fase que surgem na vida das crianças os tão conhecidos amigos imaginários .Eles podem ser de dois tipos: amigos invisíveis ( que só existem na cabeça da criança) ou objetos que ganham vida ( como por exemplo o urso de pelúcia).
 Estes amigos imaginários são muito importantes no desenvolvimento e equilíbrio emocional dos mais pequenos porque através deles aprendem a lidar com sentimentos e emoções. As crianças usam os amigos imaginários para lidar com sentimentos negativos ou para os acusar de algum erro que elas próprias tenham cometido.
 Eles ajudam-nas a lidar com as suas ansiedades e com os seus medos infantis. Como o medo do escuro, da solidão e do abandono. Ao contrário dos amigos de carne e osso, os amigos imaginários estão sempre disponíveis, concordam sempre com as suas ideias e nunca lhes tiram os brinquedos. Com eles a criança sente-se sempre a dona da situação já que com eles ela pode agir a seu bel prazer - pode falar-lhes, ensiná-los ou dar-lhes ordens.
Há vários fatores que levam ao aparecimento destes amigos imaginários: a retirada de dormir no quarto dos pais para passar a dormir no seu próprio quarto, a solidão de um filho único, o nascimento de um novo irmãozinho, o afastamento de um amigo ou de alguém muito querido, a ida pela primeira vez para a escola, a mudança de casa ou de escola, o divórcio dos pais, etc. Sendo que o uso do amigo imaginário é mais frequente em crianças mais sensíveis e inteligentes.
Os pais não devem ficar preocupados com a presença deste novo amigo na vida dos seus filhos. Devem, pelo contrário, agir com naturalidade pois é uma forma de chegar à criança e de estreitar os laços com ela. E é de máxima importância que dê atenção às conversas que o seu filho tem com ele para que possa ficar sabendo o que o incomoda.
Normalmente por volta dos 7 ou 8 anos a criança já se sente mais segura e despede-se destes amigos imaginários dos quais guardará uma carinhosa lembrança. No entanto se a presença destes amigos se mantiver aos 10 - 11 anos deverá procurar a ajuda de um psicólogo.