quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A criança e o medo


Escuro, solidão, abandono e pessoas estranhas são alguns dos medos mais comuns apresentados pelas crianças.

Os pais devem encarar o medo de seus filhos como algo natural e até certo ponto saudável, uma vez que esse sentimento pode protege-los de riscos reais como escadas, pessoas e animais estranhos, lugares altos, água, fogo.  Alguns medos podem até ser estimulados, com informação, para que eles desenvolvam cautela sem exageros. Assim, terão a percepção do risco e a atitude de autoproteção.

Agora, quando o medo ultrapassa as fronteiras da normalidade e começa a interferir no comportamento da criança, é hora de tomarmos algumas medidas. É importante lembrar que muitos medos, se não tratados adequadamente, podem se agravar e virar fobias, caracterizadas por reações exageradas que fogem ao controle dos pequenos.

Identificar a origem do medo infantil é um processo que exige alguma dedicação, pois boa parte desses temores tem origem na imaginação (fértil) das crianças.

Não podemos esquecer que mesmo o risco sendo imaginário, o sentimento da criança é real, então vamos respeita-lo.

É preciso estar atento aos sinais demonstrados por nossos filhos e conversar com eles sobre o que lhes causa pavor. 

Os Medos Reais- Esses medos podem surgir de situações que a criança vivenciou e que de alguma forma não foram positivas.

Alguns medos mais comuns:

Médico – Ficar sem roupa diante de uma pessoa estranha com objetos ameaçadores, que são postos na garganta, no ouvido, no peito, pode ser uma experiência bem desagradável para algumas crianças.  Uma boa idéia é distraí-la com brinquedos durante o exame.

Creche e escola – Separar-se dos pais por períodos prolongados, pela primeira vez, é difícil para qualquer criança. Os pequenos se sentem muito desprotegidos na fase de adaptação. Para seu filho ficar mais seguro, seja fiel aos horários. Esteja esperando por ele na hora da saída da creche ou da escola.

Violência – Negligência afetiva (pai e mãe que deixam os filhos emocionalmente desamparados porque estão sempre cansados do trabalho, por exemplo), agressões físicas, ameaças, humilhações, todo tipo de sofrimento físico e psíquico pode gerar medo e marcar a criança por toda vida.

Os Medos Imaginários – Os medos imaginários aparecem sem justificativa e são causados pela imaginação fértil das crianças.

Alguns medos mais comuns:

Escuridão – O escuro favorece a imaginação das crianças.  Alguns segundos no escuro antes de dormir, conversando com o pai ou a mãe, são uma forma de estimular a criança a vencer a inquietação. Deixar uma luz indireta próxima à cama também ajuda muito.

Ficar sozinho – Na imaginação da criança, a ausência de uma pessoa da família por perto pode significar que ela está à mercê de todos os perigos. Esclareça que você não vai desaparecer da vida dela! Fale sempre a verdade, de preferência olhando-a nos olhos.

Fantasia – Monstros, fantasmas, bichos-papões e homens do saco sempre farão parte do imaginário infantil. Afinal, são elementos presentes nas historinhas que as crianças ouvem e assistem e nas brincadeiras que fazem. Esse universo lúdico é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos ao estimular sua capacidade inventiva, função importante do pensamento.

Ajudando seu filho a enfrentar o medo:

 •Dê atenção, questione e estimule-o a enfrentar o medo irreal.
 •Fale a verdade sobre os medos reais para que ele construa noções de perigo. Mas faça isso sem aterrorizá-lo.
 •Brinque com seu filho e entre na fantasia dele. Experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.
 •É importante que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir.  Pode ser um boneco preferido, um travesseiro ou um paninho de estimação.
 •Policie-se para que seus próprios medos não os influenciem (as crianças aprendem por imitação e repetição).  Caso isso aconteça, procure esclarecer  que o medo é só seu e que não deve ser imitado.

Lembre-se!
Jamais use o medo da criança como meio de poder: além de extremamente cruéis, ameaças de deixar o filho sozinho ou no escuro só aumentam o medo e a sensação de insegurança.

Jamais repreenda, ridicularize ou obrigue seu filho a enfrentar a situação que lhe dá medo sem que ele esteja preparado.Essas atitudes podem causar desequilíbrios psicológicos e emocionais na criança.

Não superproteja seu filho. Quando ele estiver com medo, procure ensina-lo a se defender do que o amedronta.
Não transfira para o bicho papão a sua responsabilidade em colocar os limites necessários para que seu filho lhe obedeça. Portanto, nunca o ameace ou crie temores de origem fantasiosa para convencê-lo a obedecer.  Essas ameaças não educam e podem criar uma ansiedade desnecessária.

Apesar dos medos infantis serem comuns, os pais devem fazer o possível para que seus filhos não os desenvolvam. Isso é possível evitando críticas, humilhações, castigos em excesso e desvalorização da personalidade da criança.

Avalie a intensidade do medo e fique atento para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida.

O amor e o apoio dos adultos são fundamentais para a criança superar ansiedade, insegurança e medos.

Caso o medo do seu filho seja tal que interfira na rotina ou que lhe cause pesadelos recorrentes, o melhor é buscar ajuda profissional.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Prevenção de problemas de aprendizagem


Os estímulos auditivos, visuais e perceptivos (táteis, gustativos, olfativos) na vida da criança são de importância fundamental como pré requisitos para o desenvolvimento da aprendizagem.
Chocalhos, móbiles, bichinhos musicais, cores, massinha de modelagem etc; ajudarão no desenvolvimento desses sentidos. Enquanto a criança explora aprende a utilizar seus sentidos se divertindo e desperta a curiosidade. Esses estímulos ajudam no desenvolvimento da atenção principalmente se conduzido por um adulto que possa utilizar palavras como : "olha, veja etc" ( para estimular a visualização), "ouça, escute etc" (para o auditivo) , "sinta, pegue, gostoso, cheirinho etc" (para estimular a percepção). Isto fará com que a criança coloque a atenção no estímulo desejado. O adequado é o equilibrio dos três sentidos fazendo com que a criança se atente a cada um deles de maneira natural.
 O ideal é procurar dar à criança brinquedos pedagógicos de acordo com sua idade (procure informação nas lojas especializadas ou livros) e conduzí-la nas brincadeiras se e quando possível.
Além dos brinquedos esses estímulos podem ser explorados a qualquer momento quando estiver andando com a criança na calçada, ou num passeio e "chamar a atenção"da criança para olhar, ouvir e sentir algo no contexto, onde estarão sendo aproveitados os três sentidos de maneira natural e agradável para ajudar na aprendizagem.
 "Estamos sempre aprendendo algo, a todo momento, e quando direcionada à aprendizagem chega-se ao objetivo com maior facilidade."
A criança que recebe esses estímulos desde cedo com ajuda dos pais costuma se desenvolver muito bem e dificilmente apresentará grandes problemas na aprendizagem relativo a falta de estímulos. Salvo exceções que envolvem problemas mais complexos envolvendo o funcionamento do cérebro e problemas emocionais relativos à família, professor ou escola. No geral uma criança bem estimulada e equilibrada emocionalmente "caminha" facilmente durante a aprendizagem escolar porque aprendeu a atentar, manipular objetos, coordenar a parte motora, concentrar-se, enfim, aprendeu criar, pensar e desenvolver a auto confiança desde cedo. Obtém forte tendência para construir seu conhecimento sobre esta base. Tudo isto pode e deve ser trabalhado nos primeiros anos de vida pelos pais e pela escola de educação infantil.
Chamamos isto de tratamento preventivo para os problemas de aprendizagem que deve ser uma das propostas de qualquer escola infantil, porém nem sempre esta proposta é atendida pela falta de pessoal especializado na área.
 Pais : sua participação é de fundamental importância no desenvolvimento de seu filho.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Situação atual da biblioteca que se transformará em uma nova biblioteca e sala de brinquedo


Algumas das crianças que serão beneficiadas com o Projeto Sala de brinquedo


Projeto Sala de Brinquedo Casa Assistencial Maria Helena Paulina

Pessoal,tudo bem?
Já falei a vocês aqui no blog que além do meu consultório, faço um trabalho voluntário na Casa Assistencial Maria Helena Paulina que é uma casa de apoio a crianças com câncer.
Enquanto essas crianças ficam em tratamento aqui em São Paulo essas crianças que são a maioria de outros estados do Brasil ficam hospedadadas gratuitamente na casa ás vezes por dias, por meses e até por ano inteiro. Recebendo moradia, alimentação e transporte para o hospital em que fazem tratamento.
 Temos muitos voluntários na casa que fazem de tudo um pouquinho para ajudar a aliviar o sofrimento dessas crianças e acompanhantes que ficam longe de suas casas por tanto tempo.

Temos a muito tempo uma biblioteca na casa, que está para entrar em reforma .O pessoal do Projeto Aprendiz vai consertar a infiltração da Biblioteca, pintar as paredes por mais armários e E.V.A. no chão para ficar mais confortável para as crianças.
 Então resolvi criar o Projeto Sala de Brinquedo que consiste em fazer junto com a biblioteca uma sala de brinquedos para as crianças poderem brincar e se divertir enquanto ficam ociosas na casa. Tadinhas esses meses que ficam longe de sua terra natal ficam fora da escola e  é muito dificil para elas.
Gostaria então de pedir ajuda para os amigos que puderem me ajudar com brinquedos novos, de preferência educativos, jogos, blocos de montar, etc...
Quero inaugurar este espaço: "Sala de Brinquedo" para o dia das crianças 12 de outubro. Podem me entregar ou entragar na Casa Assistencial Maria Helena Paulina na Rua Judith Passald Esteves, 137. Jd.Colombo-Morumbi. São Paulo-SP. Tel da casa:37447492.
Se forem entregar na casa avisar que é para o Projeto Sala de Brinquedo e entregar para Liane ou Marina na secretária.
Se quiserem entregar para mim podem entrar em contato comigo  aqui no blog, ou o meu facebook    ou no meu email cynthiawood77@gmail.com
Vou postar aqui no blog como está atualmente a biblioteca, como vai ficar durante a reforma e depois de reformado e também postarei no dia 12 de outubro as fotos da entraga dos brinquedos  para vocês ficarem por dentro. Agradeço desde já a todos que puderem colaborar. Abraços.

A necessidade do brincar para crianças com câncer hospedadas em casa de apoio

(Carlinha uma das minhas queridas!)

O câncer infantil é uma doença crônica que demanda um tratamento longo, invasivo e doloroso. Intervenções psicossociais têm ganhado importância no processo de minimização da ansiedade, do medo e da angústia, tanto das crianças quanto dos familiares e profissionais de saúde frente à doença.
As atividades lúdicas são referidas como de comprovada ação no bem estar e no processo de cura das crianças com câncer.
A promoção de atividades lúdicas com as crianças propicia alegria e ânimo para as crianças, elevação da auto-estima, incentivo à interação, a minimização da ociosidade durante a permanência na Casa de apoio, ajudado as crianças e seus acompanhantes nesse processo tão doloroso.
"Ao brincar, a criança libera sua capacidade de criar e reinventa o mundo, libera afetividade e através do mundo mágico do “faz-de-conta” explora seus próprios limites e parte para uma aventura que poderá levá-la ao encontro de si mesma. Brincar ajuda-a a perceber o
que ocorre consigo, libera temores, raiva, frustração e ansiedade. Ajuda a criança, ainda, a revelar seus pensamentos e sentimentos, promovendo satisfação, diversão e espontaneidade. Assim, brincando ele exercita suas potencialidades "(FRANÇANI e cols, 1998)..

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pessoal acabei de postar embaixo a matéria da Revista Crescer sobre leitura e recomendo a todas as crianças que estão começando no processo de alfabetização e tambem as crianças que tem dificudade na leitura por timidez, dislexia ou qualquer outro problema de aprendizado a ler para seus animaizinhos de estimação. Pode ler para seu cachorrinho, gatinho, coelhinho! O importante é treinar lendo para alguem que é especial para você e não vai te criticar de forma alguma.

Cães ajudam crianças na alfabetização

Um estudo norte-americano mostra que os animais podem ajudar seu filho a melhorar a leitura


Ana Paula Pontes e Bruna Menegueço


Que o envolvimento entre criança e cachorro é muito especial você já sabe. Mas essa relação vai além do carinho e do companheirismo. Um estudo realizado pela Escola de Medicina Veterinária da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, mostrou que, ao ler para cães em voz alta, as crianças melhoram a capacidade de leitura.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos. O primeiro deles leu para pessoas, o segundo grupo para cães. As leituras aconteceram durante trinta minutos uma vez por semana.
 Shutterstock
As crianças que leram para os animais melhoraram a capacidade de leitura quando comparadas àquelas que leram para pessoas. “Um terço das crianças do segundo grupo desistiu das leituras no meio do estudo, mas nenhum participante que estava lendo para os cães abandonou a pesquisa”, conta a veterinária Lisa Freeman, uma das autoras do estudo.

No ano passado, um outro estudo realizado pela Universidade Davis School de Medicina Veterinária e a Fundação Tony La Russa de Resgate de Animais de Walnut Creek, na Califórnia, já havia mostrado os benefícios de ler para os peludos. Os estudiosos analisaram o comportamento de crianças de 8 a 9 anos que já participavam de um programa de terapia assistida com animais chamado All Ears Reading Program (Programa Todo os Ouvidos para a Leitura, em tradução livre).

Durante 10 semanas, os estudantes leram em voz alta para três cachorros da Fundação uma vez por semana, por 15 a 20 minutos. O resultado foi positivo: a fluência na leitura melhorou 12% em estudantes regulares e 30% em crianças que estudam em casa, enquanto a velocidade aumentou cerca de 30 palavras por minuto. E 75% dos pais dos participantes notaram que seus filhos estavam lendo em voz alta com mais frequência e confiança.

Os benefícios dos cachorros no processo de leitura ficou evidente. Mas, por que eles são tão bons parceiros neste aprendizado? Com eles, a criança sente segurança de não ser criticada se falar alguma palavra errada. “Esse conforto deve-se ao fato de ela poder mostrar para ‘alguém’ que não tem essa habilidade o que pode fazer. Ela testa algo que não domina com ‘quem’ também não sabe”, diz Rita Calegari, psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP). Um dos participantes do estudo da Universidade Davis School disse aos pesquisadores: "Os cachorros não ligam se eu ler muito, muito mal, então eu simplesmente continuo lendo".

Porém, mais importante que isso, ressalta Rita, é a relação ímpar e o amor incondicional que o cachorro pode ter com a criança. “Quando elas estão aprendendo coisas novas, em especial na etapa de alfabetização, é fundamental que tenham alguém amoroso ao lado, sem olhar feio se errar. E o máximo que o cão pode fazer é abanar o rabo ou querer comer um pedaço do livro”, diz.

Matéria:Revista Crescer

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dicas de livros sexualidade infantil

Para os de 11,12,13 anos:

Sexo para adolescentes
Autora:Marta Suplicy
Editora: FTD

Dicas de livros sexualidade infantil

Tambem achei muito interessante para esta faixa de 7,8,9,10 anos este livro que vi no blog "A mamã é só minha"

A mamã pôs um ovo!
Autora:Babette Cole
Editora: Planeta Júnior

Dicas de livros sexualidade infantil

Para as crianças de 7,8,9,10 anos:

De onde eu vim?
Autores: Claire Llewellyn e Mike Gordon
Editora:Scipione




Dicas de livros sexualidade infantil

Aproveitando que ontem postei sobre sexualidade infantil e que muitos pais têm dificuldade de falar sobre este assunto com seus filhos.  Resolvi indicar alguns livrinhos interessantes para  ajudá-los nesta tarefa.

Para crianças pequenas de 4,5,6 anos  e suas primeiras perguntas:



De onde vêm os bebês?
Autora: Angela Royston
Editora:Ática








terça-feira, 16 de agosto de 2011

Como lidar com a sexualidade infantil

Atitudes embaraçosas e perguntas constrangedoras fazem parte do desenvolvimento saudável da criança, desde que sem exageros. “É importante que os pais percebam se a curiosidade está de acordo com a idade ou se é sinal de precocidade”, explica o psicólogo Ildo Rosa da Fonseca. Veja o que fazer quando as ações extrapolam o esperado.


Entre os 4 e 5 anos, é normal...
 ... a criança perguntar de onde veio e como foi parar na barriga da mamãe. “Ela tem curiosidade a respeito de seu nascimento e origem”, comenta Ildo. Ela percebe, também, que tocar nos seus órgãos genitais dá prazer. “Caso os pais vejam a criança se acariciando na frente de outras pessoas, em vez de dar bronca, devem dizer que este é um ato íntimo e que não deve ser feito na frente dos outros. Ou, então, convidá-la para brincar de outra coisa”, orienta o psicólogo.

“Fiz uma festa, e a casa estava cheia de convidados. De repente, meu filho Vitor, de 5 anos, e sua amiguinha Natália, de 6 anos, apareceram pelados na sala. Morri de vergonha”, lembra Suzana Ferreira, 32 anos, arquiteta e mãe de Vítor. Nessa fase, o pequeno está descobrindo tanto o seu próprio corpo quanto o dos outros, além de começar a perceber a diferença entre meninos e meninas. “A criança ainda não tem uma visão erótica dessas manifestações, mas vai crescer e viver em sociedade. É preciso mostrar que vivemos com outras pessoas e que precisamos respeitá-las. Ensine que parte desse respeito é não mostrar seu órgão sexual para todo mundo”, ensina Ildo.

Mas merece atenção...
 ... a criança que, nesta fase, quer beijar na boca ou usa expressões de adultos, como, por exemplo, a palavra “transar”. “Ao se comportar dessa forma precoce, ela está representando o que vê o adulto fazer”, explica o psicólogo. Em outras palavras, ela desperta para as questões sexuais porque recebe estímulos à sua volta: assiste a programas inadequados para sua faixa etária ou usa produtos e roupas para adultos. “Depois que a criança despertou para o assunto, não adianta proibir, porque ela vai conseguir burlar. Converse e chame sua atenção para outras atividades, como brinquedos e passeios”, aconselha Ildo.
Há poucos dias, Gabriela, de 4 anos, beijou seu amiguinho Tiago na boca. Flávia Pacheco, sua mãe, levou o maior susto e ficou sem saber como agir. “O melhor é falar com a criança e, olhando nos olhos dela, dizer que beijar é gostoso, que a mamãe e o papai também gostam de beijos, mas que agora ela pode aproveitar para fazer outras coisas mais divertidas para a sua idade”, diz Ildo. É importante “personalizar” a conversa, citando exemplos de fatos ocorridos com os pais, para demonstrar que eles compreendem o que a criança está vivenciando.


Para evitar a precocidade
 Os pais devem perder o medo de frustrar os filhos. “Uma criança de 4 ou 5 anos deve brincar, se vestir com roupas próprias para sua idade e assistir a programas infantis. Se ela fizer birra e quiser algo que os pais considerem inadequado, é preciso dizer não, com carinho e firmeza”, conclui o psicólogo.

Matéria copiada de: Portal Vital

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Desenho infantil


O grafismo infantil não é um conjunto de rabiscos, ou desenhos desprovidos de significados, mas sim uma representação simbólica que a criança manifesta da sua visão do mundo enquanto inserida num determinado contexto sócio-cultural e num determinado nível de desenvolvimento.
A criança associa ao prazer do gesto, o prazer da inscrição, a satisfação de deixar a sua marca. Através do desenho ela cria e recria individualmente formas expressivas, juntando a percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade.
A criança ao desenhar, passa por diferentes estádios (etapas) que definem formas de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade.
Etapas:

De 1 aos 3 anos
É a idade das famosas garatujas: simples riscos (movimentos rítmicos de ir e vir), ainda desprovidos de controlo motor. A criança ignora os limites do papel e mexe todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. Ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que a sua acção produziu. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos.

De 3 a 4 anos
Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. Ela também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco.

De 4 a 5 anos
É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.

De 5 a 6 anos
Os desenhos baseiam-se sempre em roteiros com princípio, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o facto de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo. Nesta idade surge também a tendência para a antropomorfização, ou seja, dar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca (esta tendência prolonga-se até aos 7 ou 8 anos).

De 7 a 8 anos
O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, quando acham que seus trabalhos não ficam bonitos.

De 9 a 13 anos
A linha de base e do horizonte encontram-se cobrindo o espaço em branco que existia na fase anterior, tendência para as linhas realistas. A linha de base exprime: base, terreno, os objectos são desenhados perpendiculares a esta linha. A linha do horizonte exprime o céu. Maior rigidez resultante da atitude egocêntrica e da ênfase sobre detalhes como roupas, cabelos, etc. Diferença acentuada entre meninas e meninos, maior consciência do eu em relação ao sexo. Idade do bando, meninos junto de meninos e meninas junto de meninas. Aproximação realista inconsciente, tendência a disposição visual ou não visual, amor a acção e a dramatização. Introdução das articulações na figura humana, atenção visual às mudanças de movimento introduzidas através do movimento ou da atmosfera. Espaço tridimensional expresso pelas proporções diminuídas dos objectos distantes.