quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Super Dotados

Tem criança que se destaca no futebol. Outra tem aptidão para desenhos e dobraduras. Existem aquelas que desenvolvem uma série de habilidades. Precocemente começam a andar, falar, escrever e realizar continhas matemáticas. Estas são as crianças superdotadas, os pequenos notáveis que atraem os holofotes na multidão infantil. Segundo o neuropsicólogo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas Daniel Fuentes, apenas 5% da população mundial comporta um potencial de inteligência altamente elevado.
A inteligência de uma pessoa é constituída por diversos genes e fatores. Por isso, estima-se que a causa da superdotação seja a união da genética com fatores ambientais - educação e estímulos externos. O diagnóstico de uma criança superdotada é realizado por meio de testes psicométricos validados pelas normatizações da população brasileira. Alguns sinais são reconhecidos pelos próprios pais na fase do desenvolvimento, até os 7 anos, quando apresentam curiosidade excessiva, constantes questionamentos, aprendizagem rápida e falas requintadas. Para que não haja um mal aproveitamento das habilidades do pequeno, os responsáveis devem ficar atentos as tarefas realizadas no dia-a-dia , indica o psiquiatra infantil Francisco Assumpção Junior.
Entretanto, é muito comum confundir uma criança de classe média alta, que tem acesso á informação, estudos e cultura, com um pequeno superdotado. Neste caso, temos um fator externo favorável para o desenvolvimento da intelectualidade e não um potencial elevado, que é aquele com que a criança já nasce , afirma Fuentes. Já aquelas que são realmente superdotadas podem apresentar desinteresse na escola e um péssimo rendimento por não terem as necessidades supridas e estímulos dentro de casa. Muitas vezes, os superdotados não apresentam comportamento adequado na sala de aula por não terem paciência em ouvir os professores explicando repetidamente certos assuntos para os demais. Neste caso, a psicóloga do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento (CAD), Luciana Blumenthal, aconselha aos pais que matriculem os filhos em escolas com nível de ensino mais puxado, assim garante o bom desempenho e envolvimento das crianças com as responsabilidades. Mas não significa que os pais devam excluir os filhos dos alunos comuns. Devem simplesmente reforçar o ensino, que também pode se dar com atividades extracurriculares , sinaliza a profissional.
 O desenvolvimento da criança deve acontecer de forma global.
É preciso que os pais fiquem atentos á forma como tratam os filhos para que não haja supervalorização e muitas expectativas em relação ás habilidades da criança. Exigir que o filho seja sempre o melhor e expor seus dotes para amigos e familiares pode fazer com que aconteça um efeito contrário. A criança pode acabar se retraindo e limitando suas capacidades , alerta o neuropsicólogo Daniel Fuentes.
O lado emocional do pequeno deve ser levado em consideração em todos os momentos. A vantagem de ser um superdotado só acontece quando os pais aprendem a administrar os desejos e vontades da criança. Segundo a psicóloga infantil e autora do livro Guia Prático dos Pais, Suzy Camacho, é normal que os pais se envaideçam com a intelectualidade do filho, esquecendo-se das emoções da criança. O superdotado é sempre muito exigido. Os pais devem ajudar a lidar com o fracasso, que também ocorrerá na vida deste indivíduo , ressalta a especialista.
A criança altamente habilidosa está longe de ser um Einstein, assim como a sociedade costuma achar. Daniel Fuentes explica que gênio é aquele que marca e muda os rumos da história, tanto para o mal quanto para o bem, assim como Darwin e Al Capone. Nos casos de genialidades o QI não é uma condição, assim como para os superdotados o potencial de intelectualidade não é uma certeza de sucesso profissional , finaliza o neuropsicólogo.
Algumas características de uma criança superdotada:
# Sempre demonstra iniciativa para realizar novas tarefas e aprender novos assuntos.
# Apresenta curiosidade e questionamentos intensos. Nunca se contenta com respostas curtas.
# Capacidade de lógica acima da mídia.
# Costuma dar atenção a detalhes relevantes.
# Boa memória, pensamento e conclusões rápidas.
# É perfeccionista e organizado.
# Habilidades para artes em geral: pintura, desenho e música.
# É impaciente e intolerante.
# É humilde em relação ao desempenho.
# Não sabe lidar com o fracasso.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ajude seu filho a superar os medos

- É muito importante que escute seu filho, permitindo-lhe que expresse todos os seus medos.

- Fale com seu filho sobre os seus medos. Tente saber o que é que o assusta. Dê importância sem ignorá-los.

- Transmita afeto, proteção, tranquilidade e confiança. Dessa forma, seu filho lhe contará sempre sobre seus medos, e poderá ajudá-lo que os supere e cresça mais seguro de si mesmo.

- Estimule seu filho a expressar seus medos sem sentir-se ridicularizado nem envergonhado. Para isso é necessário que aceite os medos como reais. Conte a ele por exemplo de situações que te assustaram quando era pequeno e de seus medos.

- Enfrente o problema com seu filho. Quando ele não for capaz de fazer algo sozinho, tente fazê-o com ele para que possa comprovar que não é nada demais. Se por exemplo, ele não quer entrar em seu quarto no escuro, dê a mão a ele e entre junto.

- Não perca a oportunidade de ensinar seu filho como outras pessoas agem com confiança naquelas situações que ele tem medo. Se seu filho vê outra criança pegar uma formiga pode ser que o ajude a perder o medo dos insetos.

- Premie seu filho cada vez que ele consiga avançar na superação do medo. Elogie seu esforço, seu êxito, sua valentia e sua decisão. Desta forma estará animando-o e dando-lhe mais confiança.

- Quando seu filho estiver passando por uma situação de medo, trate de distraí-lo com jogos. Por exemplo: se o medo que tem é do escuro, invente jogos de espionagem ou de busca de tesouros com lanternas em um quarto escuro. E quando ele conseguir encontrar o tesouro (imaginário), diga-lhe o valente que ele foi e faça-o notar que não passou nada demais.

- Conte-lhe sempre a verdade. Às vezes é o desconhecido e a falta de informação o que provoca os temores no seu filho. Se ele se assusta com contos de ogros, bruxas, etc., diga-lhe que todos os personagens não existem na realidade e que vivem somente nos contos, nos filmes, etc. Repita muitas vezes se necessário